Para aqueles de nós que vivem nos Estados Unidos e Canadá chegou já chamada ”hora de Verão.” E chegou um mês mais cedo do que é normal. Uma hora extra de luz solar ao entardecer é uma mudança positiva para muitos milhões de pessoas...Mas, se melhora à tarde, piora de manhã, porque o frio e a falta da luz solar, logo pela manhãzinha, preocupa pessoas que sofrem da chamada ”Desordem Afectiva Sazonal” ou na sua sigla em inglês SAD.
Os meses de Inverno e a neve que os acompanha podem ser motivo de alegria para as pessoas -- e uma inconveniência para muitas outras. Mas o tempo frio também pode provocar depressão nas pessoas que sofrem precisamente da ”Desordem Afectiva Sazonal.”
Estima-se que 14 milhões de pessoas nos Estados Unidos sofrem desta doença.
Doug Fox é treinador numa universidade do Estado Sul do Tennessee:”Deixa-me absolutamente mal humorado (diz Doug). Estou na faculdade com cerca de mil e 500 alunos e sentimos o impacto em todo o corpo estudantil. Não é muito divertido quando está sombrio lá fora - nota este treinador universitário.
Yvonne Braver, que trabalha na Clínica de Cleveland, diz que as pessoas são afectadas pela falta de sol: ”Nós saímos de casa e está escuro. Regressamos a casa e já está escuro. Em casa, esta está fria. E apenas queremos deitar-nos com um cobertor por cima, aquecermo-nos e sentirmo-nos confortáveis.”
Os sintomas desta desordem sazonal podem incluir a depressão, fadiga, tristeza, e leva mesmo certas pessoas a não quererem sair de casa. Os médicos não têm bem a certeza o que causa a desordem, mas a doutora Braver diz que exercício diário é uma forma de combater a depressão: ”É muito mais do que medicação porque, com o exercício físico, estamos a tratar todo o corpo. Sentimo-nos melhor. Dormimos melhor. Sentimo-nos mais saudáveis. Parecemos melhor. Pelo que acho que devemos fazer 15 a 30 minutos de exercício diário, independentemente de tudo.”
Mas um hospital em Londres encontrou uma solução diferente. Depois de ter notado um aumento no número de doentes durante os meses de Inverno, os administradores hospitalares mandaram converter a sala de espera num paraíso tropical. E foi um sucesso com os pacientes.
Os doentes esperam pelo médico estirados em cadeiras de praia, a ouvir o som das ondas do mar, debaixo da luz de 10 mil lâmpadas.
Claro que não é praia e sol verdadeiros, mas para as pessoas que sofrem da desordem afectiva sazonal isso não importa.