No final do mês de Setembro passado, o número de casos de pólio no mundo totalizou 1.306, em comparação com 1273 no mesmo período em 2005. A Nigéria ficou em primeiro lugar, com 836 casos, em comparação com 451 no mesmo período em 2005.
ANA- Em segundo lugar vem a Índia, com 323 casos, em comparação com apenas 30 no mesmo período em 2005. O Ministro da Saúde, Dr. Ramadoss, convocou uma reunião de emergência dos diretores estaduais de saúde para estudar providências em face da situação preocupante da pólio no pais, particularmente no estado de Utar Pradesh.
RENATO- Em terceiro lugar fica a Somália, com um número relativamente pequeno, 31 casos de pólio até agora este ano. Ainda assim, a situação não é completamente satisfatória porque, no mesmo período em 2005, o número foi de apenas 2.
ANA- Em termos numéricos, pode-se dizer que a situação em Angola não é motivo para alarme. Afinal, só foi registado 1 caso da doença, em comparação com 7, no mesmo período do ano passado. Mas não se pode esquecer que Angola é um dos 3 paises, juntamente com Nigéria e Índia, a exportar o poliovirus para outros paises. Isso ocorreu com relação à Namíbia e a Republica Democrática do Congo.
RENATO- Angola está activamente levando a cabo uma campanha de vacinação anti-polio. Na segunda fase da campanha nacional, em final de Setembro, 388 equipas de vacinação foram mobilizadas para imunizar mais de 173 mil crianças de menos de cinco anos de idade na província de Moxico. Mais de 130 mil na mesma faixa etária foram vacinadas na província de Cabinda. Na província de Bié, o alvo foi vacinar pelo menos 380 mil crianças.
ANA- As autoridades da Namíbia declararam-se satisfeitas com o sucesso da campanha de vacinação anti-polio em três fases que foi organizada depois de um surto da doença em Maio deste ano. A cobertura da vacinação ficou entre 90 e 100 por cento. O Ministro da Saúde, Richard Kamwy, declarou: “Quero agradecer cada cidadão da Namíbia e cada visitante pelo espírito de cooperação demonstrado.”
RENATO- A representante do UNICEF . Sandi Win, expressou sua reação favorável, afirmando que “a resposta das massas demonstrou a que ponto o povo da Namíbia está comprometido com a vitória sobre a pólio”. O governo do país espera que no ano que vem a Namíbia possa ser proclamada livre da pólio. Por sua vez, Gana espera poder ser declarada livre da pólio antes disso, ou seja, ainda este ano.
ANA- A pólio já foi um problema muito sério nos Estados Unidos, hoje é praticamente inexistente. Mas quase metade dos 440.000 americanos sobreviventes da pólio sofre os sintomas da chamada “síndrome pós-polio”. O problema surge muitos anos depois que o individuo superou a crise aguda de polio. Caracteriza-se por uma grande fraqueza muscular, fadiga, dores nas articulações, deformidades na coluna. O único tratamento que parece surtir efeito é a prática de exercícios moderados.
RENATO-Pela primeira vez na Historia, a Etiópia tem a oportunidade de derrotar a doença mais mortífera que a atinge malária. Foi o que informou o representante do UNICEF, Bjorn Linquvist. Disse ele: “Temos agora uma oportunidade histórica de superar a malária. Poderemos tornar essa doença assassina algo tão capaz de ser controlado quando o sarampo infantil nos paises do Ocidente”.
ANA- Linquivist fez essas declarações no momento em que o governo etíope lança uma vasta campanha contra a malária, doença que afeta nove milhões de etíopes por ano e que durante uma epidemia mata mais de 100 mil , na maioria crianças. Antes de 2004, havia apenas 1 milhão e 800 mil redes tratadas com inseticidas na Etiópia, mas é de se esperar que até ao final do ano as autoridades, ajudadas pelo UNICEF e outros parceiros, tenham distribuído a população 8 milhões de redes.
RENATO-Por volta de 2008 calcula-se que o numero de redes disponíveis chegue a 20 milhões, o suficiente para proteger 10 milhões de residências, ou seja, 50 milhões de etíopes. Essa operação está a ser realizada ao custo de 120 milhões de dólares num período de 3 anos.
ANA-A Etiópia estava a confiar nos últimos anos no medicamento Fansidar para tratar a malária, com uma taxa de fracasso de 36 por cento. No auge da transmissão da doença este ano, quase todos os casos serão tratados pelo uso do remédio mais moderno, Coartem, que conta com uma taxa de sucesso de 99 por cento.
RENATO-Mais de um bilião e 200 milhões de pessoas no mundo ganharam acesso á água potável desde 1990. É o que revela um relatório do UNICEF. Isso significa que está a ser feito progresso no esforço para alcançar a Meta do Milénio estabelecida pela Organização das Nações Unidas, ou seja, cortar pela metade até 2015 o numero de pessoas que não dispõe de água de boa qualidade para beber.
ANA-A despeito desse sucesso impressionante, a situação ainda permanece grave, pois os problemas de sanidade e água potável causam a morte de um milhão e meio de crianças de menos de cinco anos de idade.
RENATO-Uma pesquisa feita pela Universidade de Londres e a Rand Corporation, da Califórnia, concluiu que os americanos são mais doentes do que os ingleses. Essa conclusão surpreendeu os próprios pesquisadores. Para citar somente alguns exemplos, a pressão alta ou hipertensão é 10 por cento mais comum nos Estados Unidos do que na Grã-Bretanha. E a probabilidade de americanos na faixa etária de 40 e 50 anos contraírem diabete é o dobro da que se regista entre os ingleses.
ANA-Os autores do estudo dizem que não tem uma explicação clara. Talvez seja por causa do estilo de vida frenético dos americanos. Eles tiram em média 14 dias de férias por ano, os ingleses, 24. E 59 por cento dos americanos culpam os seus empregos pelo estresse de que sofrem. Trata-se de um problema difícil de solucionar porque está intimamente ligado a um fator cultural que é a crença dos americanos de que o individuo tem de realizar o seu potencial ao máximo e realizar uma porção de coisas. Talvez o caminho a seguir seja manter esse objectivo, mas sem esquecer que o corpo humano tem os seus limites de resistência.