Uvas têm sido produzidas no Iraque há mais de 5000 anos. Durante o regime de Saddam Hussein os vinhedos do norte do Iraque foram praticamente destruídos por anos de guerra e negligencia. Hoje, preocupações de segurança têm dificultado projectos de reconstrução na maior parte do Iraque. Mas na região curda no norte do Iraque, esforços de desenvolvimento apoiados pelos Estados Unidos estão ajudar os agricultores a voltarem a produzir.
Em 1978, o exercito de Saddam Hussein atacou a aldeia de Mohamed Saleem, na região curda do Iraque, forçando-o a deixar a sua vinha e a fugir para a vizinha Turquia.
“Quando fugimos para o Iraque, os árabes trouxeram cabras para comerem as videiras e depois queimaram os campos”.
Hoje, Saleem e outros agricultores da região estão a receber assistência dos Estados Unidos para reconstruírem as suas vinhas e substituir as uvas importadas no Iraque por uvas produzidas localmente. O horticultor Zuhair al-Amil disse que o projecto de desenvolvimento inclui a introdução de métodos modernos de irrigação e controlo de insectos e a criação de viveiros para produzir videiras de alta qualidade.
Zuhair afirmou que com esta operação podem-se aumentar duas ou três vezes a produção de uvas e melhorar a sua qualidade.
O agricultor Kamar Mohammed disse a propósito que a sua produção já aumentou a ponto de estar a produzir mais uvas do que aquelas que pode vender na região. Agora, acrescentou, o nosso único problema é encontrar novos mercados para vendermos as nossas uvas.
Para tornar o Iraque novamente auto-suficiente em uvas e necessário mais dinheiro e técnica. Douglas Leyton, director da Corporação Curdistan para o Desenvolvimento, afirma que isso e uma oportunidade para empresários investirem.
“Aqui no Curdistão o céu é o limite. Se as pessoas quiserem vir para ca e ajudarem a formarem cooperativas, construir fabricas de processamento de alimentos e terem capacidades de mercado no exterior, existe um tremendo potencial para grandes lucros”.
Conquanto Mohammed esteja desejoso de aumentar os seus lucros transformando as suas uvas em sumo, doces de conserva e passas, tal como a maioria dos devotos agricultores muçulmanos da região, ele não quer que as suas uvas se transformem em vinho.