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Impedir a Reintrodução do Poliovirus


Impedir a Reintrodução do Poliovirus
Impedir a Reintrodução do Poliovirus

Apesar de a situação dos Emiratos Árabes Unidos com relação á pólio ser satisfatória, as autoridades não esmorecem nos esforços de vacinação diante do risco de reintrodução do vírus. Com efeito, os Emiratos, assim como outros países da região do Golfo Pérsico, estão vulneráveis devido do influxo de trabalhadores e visitantes de países onde a doença é endémica, tais como Paquistão, Afeganistão, Nigéria e Sudão.

ANA- O dr. Mohammad Wahdam, representante regional da Organização Mundial de Saúde, declarou recentemente: “ Não podemos impedir a reintrodução do poliovirus em nenhum país, por isso é importante manter em andamento as campanhas de vacinação”. E acrescentou: “Enquanto o vírus continuar existindo num só país, nenhum outro pode se permitir deixar as suas crianças sem a protecção da vacina”.

RENATO- Os Emiratos Árabes Unidos têm estado livres do poliovirus desde 1992, graças a um programa abrangente de imunização e constante vigilância. O dr. Wahdan, reiterando o que dizem os especialistas a todo instante, advertiu para que os Emiratos evitem ser complacentes e continuem a executar a política de protecção que tem dado certo até agora.

ANA- Quanto à Namíbia, ela acabou de receber o segundo carregamento de Vacina Monovalente Oral Tipo Um, doado pelo Fundo das Nações Unidas para a Criança (UNICEF) , e que contém quase 3 milhões de doses da vacina anti-pólio. Segundo a encarregada de Comunicações do UNICEF, Judy Matilla, o carregamento chegou duas semanas antes do prazo previsto, o que dará mais tempo às autoridades locais para fazer a distribuição a todos os distritos nacionais.

RENATO- A vacina chega na hora propicia, no momento em que os serviços de saúde pública namibianos preparam a segunda ronda de vacinação anti-pólio, com duração de três dias. O número de casos suspeito de pólio atingiu 179, com um saldo de mortes de 17.

ANA- Na Nigéria, também está a se desenvolver uma enérgica actividade no combate á pólio. Recentemente, foi organizada uma campanha de vacinação com duração de cinco dias, que foi chamada de “Imunização Extra”. A denominação se deve ao facto de que as crianças foram vacinadas não somente contra a pólio, mas, ao mesmo tempo, contra outras doenças perigosas para a infância. O coordenador do programa, Mahmud Mustapah, esclareceu, contudo, que o foco se dirige especialmente para a pólio.

RENATO- O objectivo do Governo nigeriano é eliminar totalmente a doença até o final de 2007. A Nigéria tem o maior número de casos de pólio no mundo inteiro, ou seja, 83 por cento do total mundial. Em relação á África, o número de casos de pólio na Nigéria corresponde a 95 por cento do total registado no continente. Em 2006, foram constatados até junho 438 novos casos de pólio, em comparação com 173 no mesmo período em 2005.

ANA- O jornal americano The New York Times publicou recentemente um artigo em que estranha o facto de que 800 mil crianças africanas ainda a qualquer outra doença- embora existam medicamentos ao custo de pouco mais de meio dólar por dose, redes que protegem uma criança por 1 dólar por ano, e insecticidas que custam anualmente 10 dólares por residência.

RENATO- Parcos orçamentos, estratégias falhas e má administração por parte dos governos têm prejudicado, segundo o jornal, os esforços passados na luta contra a malária. Em Uganda, por exemplo, nenhuma de quase dois milhões de redes anti-mosquito aprovadas , há dois anos, pelo Fundo Global para o Combate contra a SIDA, Tuberculose e malária, foi distribuída à população. Outros exemplos de ineficiência são citados no artigo, mas o importante é que existe um esforço actualmente para dar nova direcção aos esforços no combate à malária e corrigir velhos erros.

ANA- O New York Times diz que os Estados Unidos estão à frente desse movimento de redirecionamento da ajuda. A Agência para o Desenvolvimento Internacional (AID) não está mais a simplesmente patrocinar a venda subsidiada de redes anti-mosquito, mas passou a distribuir gratuitamente as redes às classes mais pobres das populações africanas . Os Estados Unidos estão também a incentivar o uso de DDT e outros insecticidas , assim como do produto Coartem, porque a doença está a se mostrar resistente aos medicamentos tradicionais.

RENATO- O assessor da Casa Branca, Michael Gerson, classificou a malária como a principal fonte de sofrimento desnecessário no mundo. A administração Bush está a tentar persuadir o Congresso a triplicar até 2008 a verba para os programas de controle da malária. Nos termos da nova política anti-malária, 40 por cento das verbas deverão ser usados para fornecimento de redes, insecticidas, e medicamentos.

ANA Especialistas advertem, contudo, que o problema é complexo, porque os países beneficiados nem sempre sabem aproveitar os recursos que recebem. Andrew Natsios,que ajudou a elaborar a nova política anti-malária, disse que caberá à Agencia para o Desenvolvimento Internacional exercer também um papel de assessoria e treinamento.

RENATO- E na Guiné, a epidemia de cólera já matou 133 pessoas. Desde Junho, 1,376 casos da doença foram registados, e pelos menos 300 pessoas permanecem nos hospitais em estado grave. O surto, segundo foi apurado, começou com o uso de água contaminada de poços nas regiões de Kissidougou e Lola, a cerca de 500 quilómetros da capital do país, Conakry.

ANA- E também em Angola a cólera continua a fazer estragos. A Organização Mundial de Saúde informou que o saldo de mortes já atingiu dois mil, dentre mais de 48 mil casos constatados em 14 das 18 províncias do país. A epidemia, uma das piores já ocorridas na Africa, teve inicio em fevereiro deste ano. A disseminação da doença tem sido exacerbada pelas más condições de sanidade, escassez de água potável, e deficiente infra-estrutura, deteriorada por 27 anos de conflitos armados que terminaram em 2002.

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