As forças de segurança sírias sustentam ter frustrado um ataque terrorista contra a embaixada dos Estados Unidos, em Damasco. Os assaltantes fizeram explodir uma viatura armadilhada, e parecem ter tentado fazer explodir um outro veiculo.
Entidades sírias indicaram que três dos atacantes foram mortos e um quarto foi ferido e capturado. A agencia de noticias estatal precisa que um soldado sírio foi morto e que pelo menos 11 outras pessoas foram feridas.
Fontes oficiais sírias indicaram que quatro indivíduos atacaram a embaixada dos Estados Unidos com viaturas armadilhadas e fogo de armas ligeiras. Testemunhas referiram que os assaltantes lançaram granadas contra as instalações da embaixada, e gritaram Deus e grande.
O ministro do Interior Abdel-Majid precisou terem estado no ataque envolvidas duas viaturas, uma das quais explodiu, e que a segunda não detonou estando a ser examinada por peritos em explosivos.
‘Claramente foi uma operação terrorista contra a embaixada Americana. O grupo terrorista ainda não foi identificado, e as investigações prosseguem. Um dos atacantes foi apreendido. Encontra-se ferido. A investigação poderá descobrir o seu envolvimento e de onde são provenientes’.
Responsáveis sírios e americanos indicaram não se terem registado baixas americanas. As forças de segurança síria isolaram a zona diplomática após o ataque.
Imagens de vídeo tiradas no exterior da embaixada mostram na rua manchas de sangue e uma viatura queimada. Uma outra viatura, um carro ou uma carrinha de cor branca foi mostrado contendo garrafas de gás e o que pareciam ser explosivos artesanais.
O ataque registou-se um dia após o quinto aniversario dos ataques terroristas de 11 de Setembro, e de um aviso do numero dois da al-Qaida, al Zawahiri segundo o qual novos ataques contra alvos americanos deveriam ser de esperar no Golfo Pérsico e em Israel.
Alguns responsáveis sírios indicaram que o ataque de Damasco apresenta algumas das marcas da al-Qaida, mas que era ainda muito cedo para saber exactamente quem terá realizado o ataque.
Um professor de ciências políticas, Samir al-Taqi, do Centro de Estudos Estratégicos da Universidade de Damasco, indicou que, e ainda mesmo que não tenham sido elementos da al-Qaida, os assaltantes terão sido inspirados por aquele grupo terrorista.
‘Pessoalmente não foi uma surpresa para mim pois a situação tem sido de grande actividade, em toda a região, por parte da al-Qaida. Não sei se foi realmente a al-Qaida, mas pelo menos os Salfistas, as organizações jihadistas com ligações à própria al-Qaida, parecem ser possíveis’.
Em Junho, as forças de segurança sírias indicaram ter frustrado um ataque por parte de militantes islamitas nas proximidades da estação de televisão estatal. Quatro militantes e um guarda de segurança foram mortos no confronto.
Ao mesmo tempo, as relações diplomáticas entre a Síria e os Estados Unidos tem estado a nível muito frio.
Washington retirou o seu embaixador de Damasco há um ano e meio após o assassinato do antigo primeiro ministro libanês, Rafik Hariri, um acto que os Estados Unidos atribuem responsabilidade à Síria.
A Síria desmente o envolvimento, mas Washington acusa igualmente Damasco de apoiar grupos militantes anti Israel, incluindo o Hamas e o Hezbollah, bem como grupos de rebeldes no Iraque.
Al-Taqi sustenta que o extremar de relacionamento tem prejudicado a cooperação entre os Estados Unidos e a Síria, na luta contra o terrorismo.
‘Trata-se de algo necessário. Do meu ponto de vista por que tem existido, infelizmente, a demonização da Síria, o debate sírio-americano e a cooperação não se estabelecem como seria do interesse da actividade antiterrorista a nível mundial’.
Em Washington a secretaria de estado, Condoleezza Rice agradeceu as forcas de segurança sírias pela resposta agressiva dada ao ataque, e indicou ser ainda muito cedo para afirmar quem terá sido responsável.