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Promover a Democracia em Cuba


Muitos elementos da comunidade cubana de Miami elogiaram as iniciativas de Washington para promover a democracia em Cuba.

Esta reacção ocorre após a aprovação de um novo programa de apoio à liberdade e a democracia em Cuba, após décadas de regime comunista.

A secretaria de Estado, Condoleezza Rice anunciou a iniciativa ao divulgar o segundo relatório da comissão bi partidária para a Assistência a um Cuba Livre.

O novo programa americano de dois anos incluiu uma verba de 80 milhões de dólares para acabar com aquilo que a secretaria Rice denominou de bloqueio de informação em Cuba, e apoio às iniciativas de transição para a democracia na ilha.

O anuncio regista-se cerca de um mês antes do presidente cubano, Fidel Castro celebrar 80 anos. O ditador comunista chegou ao poder em 1959, tendo escolhido o seu irmão, Raul, para lhe suceder.

O presidente do parlamento cubano, Ricardo Alarcon foi citado pelos media estatais cubanos que o projecto do relatório da comissão reforçava aquilo que classificou de plano americano no sentido de anexar a ilha.

Em Miami, alguns elementos da comunidade cubana elogiaram o anuncio feito por Washington.

Alfredo Mesa, o director executivo da Fundação Nacional Cubano Americana sublinhou que a iniciativa demonstra um compromisso claro de promover a transição para a democracia em Cuba, acentuando, todavia que as iniciativas de mudança não podem ser apenas provenientes de fora da ilha, e que devem ser assumidas em Cuba pelos cubanos.

‘Os dirigentes da oposição e os dirigentes dissidentes, e mesmo a população que trabalha no governo podem estar, amanhã, na posição de permitir uma transição democrática pacifica em Cuba, são aqueles que nos podem ajudar com a forma de lhes prestar apoio.’

Maria Vazquez, dona de um estabelecimento na Little Havana em Miami, elogiou a administração Bush no sentido da mudança política em Cuba, e que a liberdade constitui o objectivo das iniciativas.

‘Desejamos uma Cuba livre. Queremos uma Cuba livre com eleições, em que a população da ilha e nós próprios que somos refugiados há quase 47 anos, possamos votar de forma democrática.’

Um estudante do Miami Dade College destaca que embora existam alguns aspectos positivos da vida na ilha, elas são ultrapassadas pelos factores negativos.

‘Existem vantagens e desvantagens. Tem educação grátis para todos e cuidados de saúde, mas tem igualmente problemas com os alimentos e com a forma como tem acesso aos produtos essenciais.’

Os Estados Unidos impuseram um embargo económico contra Cuba há mais de quatro décadas, e este estudante sublinha que as pressões americanas sobre a ilha estão a ter influencia na população, mas não no governo.

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