O representante especial da ONU para Timor Leste disse que são necessárias mais forças de paz para travar a vaga de violência em Dili, onde se encontra a enviada especial da VOA, Nancy-Amelia Collins.
Chegaram no domingo a Dili os últimos elementos de uma força de mil e 300 homens enviada pela Austrália, enquanto, na capital, prossegue a violência entre bandos étnicos rivais.
A Malásia tem cerca de 300 soldados no terreno, enquanto a Nova Zelândia e Portugal prometeram enviar forças de paz depois do governo timorense ter lançado, na quarta-feira passada, um apelo para que seja prestada ajuda internacional no sentido de travar o banho de sangue a que se assiste naquele país.
O chefe das Nações Unidas em Dili, , afirma que a comunidade internacional poderá ter que enviar mais tropas para salvar este país tornado independente há muito pouco tempo: ”Penso que se trata de um desafio, mas é também uma oportunidade para a comunidade internacional mostrar que podemos ajudar o povo deste país a preservar os fundamentos da sua democracia.”
A ONU evacuou perto de 70 por cento do seu pessoal para Darwing, na Austrália, enquanto milhares de timorenses aterrorizados continuam a fugir de suas casas acolhendo-se à relativa segurança de igrejas, embaixadas, do complexo das Nações Unidas e do aeroporto internacional de Dili.
Mais de metade da população da capital está abrigada em campos de refugiados improvisados para se proteger de bandos rivais que, no domingo, continuaram a aterrorizar a população de Dili, incendiando casas, carros e disparando indiscriminadamente.
A violência começou no mês passado, quando metade dos militares das FA timorenses foram afastados das fileiras depois de se terem queixado de discriminação e de más condições para o desempenho das suas funções.