O Secretário da Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, saudou indicações de que o novo líder iraquiano esteja prestes a formar um governo de unidade nacional, mas adiantou não estar ainda pronto a recomendar qualquer redução para redução de tropas americanas naquele país.
Rumsfeld disse que os líderes iraquianos estão a aperceber-se de que uma oportunidade para conseguirem alcançar progressos em resolver os muitos problemas do país. Disse ele ter ficado muito encorajado com os comentários feitos pelo primeiro-ministro indigitado, na sua conferência de imprensa de ontem, em particular com a sua declaração de que ”o governo quer está a ser formado vai representar todos os iraquianos e fortalecer a unidade do pais”.
Rumsfeld disse que, logo que todos os membros do governo forem nomeados, podem reunir-se com o comandante das forças da coligação, no Iraque e com o embaixador dos Estados Unidos, para começarem a avaliar a situação de segurança e discutir uma possivel redução das tropas estrangeiras. O Secretário de Defesa não fez previsões sobre quando é que isso poderá acontecer, mas o mais destacado comandante americano no Iraque, o general George Casey, indicou que, se o novo governo for aprovado pelo Parlamento, este mês, como se esperava, as suas recomendações para uma redução de tropas poderão ser enviadas a Washington muito rapidamente.
Rumsfeld apelou também ao Congresso dos EUA para aprovar, na sua totalidade, o orçamento suplementar para as operações no Iraque e Afeganistão. A Câmara dos Representantes retirou cerca de 760 milhões de dólares desse orçamento, algo que o Secretario da Defesa disse que vai afectar o desenvolvimento das forças de segurança do Iraque e poderá atrasar a redução das tropas americanas no país.
Rumsfeld negou notícias de que a nomeação do general Michael Hayden para director da CIA faz parte de um plano para dar ao Secretario de Defesa maior controlo da CIA. Rumsfeld disse que essa especulação está totalmente errada.
O Secretário de Defesa negou tampem outras notícias contraditórias que afirmam que, na verdade, ele não quer o general Hayden na chefia da CIA porque os dois tiveram opiniões divergentes no passado.
Rumsfeld argumentou que essas diferenças de opinião que teve com o general Hayden não foram importantes no passado e não o são agora.
Contudo, o chefe do Pentágono expressou preocupação pela precisão das informações fornecidas ao Departamento de Defesa pela CIA e outras agências, incluindo algumas controladas pelo próprio Pentágono.
Rumsfeld concordou que os problemas com as informações fornecidas antes da invasão do Iraque causam preocupação agora que as tensões estão a aumentar com o Irão: ”As informações estavam erradas. É justo afirmar se isso, mas é preciso dizer que é um trabalho difícil. É difícil estar sempre correcto. A informação não estava correcta e isso faz-nos parar para reflectir, pode ter a certeza disso”.
O Secretário Rumsfeld disse que a principal questão agora na guerra contra o terrorismo é criar um Iraque democrático e estável. O Secretário de Defesa disse ainda que mesmo os inimigos dos Estados Unidos reconhecem isso apesar do alguns analistas e observadores não o reconhecerem.