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EUA Acusados de Torturar Suspeitos de Terrorismo


A organização activista dos Direitos Humanos, Human Rights Watch acusou a administração americana do presidente George Bush de usar a tortura e o tratamento desumano contra suspeitos terroristas detidos no quadro da sua estratégia de luta contra o terrorismo.

Esta acusação consta do recente relatório daquela organização, que alega ainda essas práticas contra os detidos acabam por minar a credibilidade dos Estados Unidos, como campeão da defesa dos direitos humanos no mundo.

A Human Rights Watch afirma que decisões políticas adoptadas por altos funcionários da Administração do presidente George Bush acabaram por criar uma atmosfera de tolerância face a abusos.

O director executivo da organização, Kenneth Roth adiantou ter ficado claro, nos últimos anos que a tortura e o tratamento desumano não são de forma alguma resultado de actos intencionais mas, sim, o resultado de tais decisões políticas.

Disse Roth :´´ Não se trata apenas de uma questão de negligência ou de falha no comando. Pelo contrário, o recurso a tortura e ao tratamento desumano faz parte da política de Bush. E o reflexo de uma decisão deliberada adoptada por altos funcionários da administração do presidente George Bush no combate ao terrorismo, isto sem se ter em contra as leis internacionais dos Direitos Humanos´´.

A Casa Branca desdramatizou já as críticas da Human Rights Watch, alegando que os Estados Unidos não torturam suspeitos terroristas.

O porta voz da Casa Branca, Scott McClellan, disse que as revelações da Human Rights Watch parecem terem sido inspirados em propósitos políticos e que os Estados Unidos fazem muito mais do que qualquer outro pais em termos de protecção dos Direitos Humanos e das liberdades.

Afirmou McClellan: ´´Penso que, quando um grupo como esse, faz estas dissertações, isso reduz a eficácia dessa organização. Os Estados Unidos são os líderes mundiais, quando se trata de liberdades e de promocao da democracia e vão continuar a sê-lo. Somos os líderes!´´.

A organização Human Rights Watch fundamenta parte das críticas feitas a administração do presidente George Bush, a comentários públicos feitos por altos governantes americanos, nomeadamente o vice presidente Dick Chenney que chegou a se insurgir em defesa dos serviços secretos americanos e contra uma pacote legislativo que previa a ilegalização do recurso a tratamento desumano nos interrogatórios de detidos, suspeitos de ligação terrorista.

Aquela organização activista dos Direitos Humanos apela por outro lado a administração americana a indigitar um procurador especial para investigar esses alegados abusos e ao congresso dos Estados Unidos que estabeleça uma comissão independente, bipartidária com o mesmo propósito.

De realçar que mais de 70 países são referenciados pelo relatório, alguns deles fortes aliados dos Estados Unidos, casos da Grã Bretanha e do Canadá, países igualmente criticados pelos excessos cometidos no combate ao terrorismo.

O governo britânico foi citado particularmente por torturar suspeitos terroristas enquanto o Canadá por tentar desvalorizar a importância de um tratado que por sinal ilegaliza o recurso a tratamento desumanos enquanto a União Europeia e criticada pela inoperância e indiferença quando se trata de violações dos Direitos Humanos em África.

Uma nota positiva no relatório vai para a Índia, pela suspensão decretada por Nova Deli a ajuda militar ao vizinho Nepal e por desempenhar um papel construtivo na oposição, dada a decisão do rei nepales de confiscar e de concentrar o poder.

A Organização dos países do sudeste asiático e igualmente elogiado pelo relatório, por forcar a Birmânia a prescindir da liderança da organização, que deveria assumir no corrente ano, devido em parte a sua manchada reputação em termos de respeito pelos direitos humanos.

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