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A campanha para o Conselho Legislativo Palestiniano


A campanha para os 132 assentos do Conselho Legislativo Palestiniano começou através dos territórios palestinianos, mas os comentários do presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, levantaram mais duvidas sobre se as eleições se vão realizar na data marcada.

No seu primeiro comentário publico sobre o calendário eleitoral, Abbas afirmou que o cumprimento da data das eleições será impossível se Israel impedir os árabes de Jerusalém Oriental de participarem na votação.

Abbas disse que as facções palestinianas concordaram que os residentes de Jerusalém Oriental devem tomar parte nas eleições e todas as facções palestinianas concordaram também que se os residentes de Jerusalém Oriental forem proibidos de votar, não haverá eleições.

Em Dezembro, destacados funcionários israelitas afirmaram que não iriam permitir que os árabes residentes em Jerusalém Oriental votassem, porque o grupo militante islâmico Hamas concorre ao acto eleitoral. Mas outros funcionários israelitas disseram que a decisão final não foi ainda tomada.

O Hamas tem apelado para a destruição de Israel e o grupo é visto como uma organização terrorista por Israel, os Estados Unidos e a União Europeia. O jornal “The Jerusalem Post” informou que funcionários israelitas irão decidir se autorizam os árabes de Jerusalém Oriental a votarem depois de manterem conversações esta semana com dois destacados funcionários dos Estados Unidos.

Há poucas semanas atrás, candidatos do Hamas derrotaram fortes candidatos da Fatah em eleições municipais. Recentes sondagens de opinião publica indicam que o Hamas poderá conseguir perto de 50 por cento dos votos nas eleições legislativas de 25 de Janeiro.

Sami Abu Zuhre, um porta-voz do Hamas em Gaza disse que o Hamas quer que a votação tenha lugar.

Zuhre afirmou que todos os palestinianos sabem que existe uma crise governamental e que as eleições são uma boa forma para resolver essa crise. Qualquer adiamento, acrescentou, apenas irá piorar a crise.

As possibilidades do Hamas aumentaram em parte devido a uma fractura no seio do partido Fatah entre membros jovens e a chamada velha guarda que está estreitamente associada ao falecido líder palestiniano Yasser Arafat e o presidente Abbas. Na semana passada, facções da Fatah concordaram em submeter uma lista partidária unificada as eleições, mas declarações publicas por muitos membros do partido apontam para a continuação de tensões no seio da Fatah.

Destacados funcionários da segurança palestiniana afirmaram também que irão ter problemas em fornecer segurança para as eleições, especialmente na Faixa de Gaza, que tem sido alvo de violência nos últimos dias.

Centenas de policias ocuparam edifícios governamentais em Gaza em protesto pela morte de um dos seus camaradas em violência faccional. Um oficial superior da policia afirmou que muitos agentes juntaram-se a vários gangs armados contribuindo para a violência.

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