A Frente Democrática Unida (UDF), que levou no ano passado o presidente Bingu wa Mutharika ao poder, e o partido que está procurar a sua impugnação. Em Fevereiro, wa Mutharika entrou em conflito com a UDF e particularmente com o seu líder, o antigo presidente Bakili Muluzi, depois de ter lançado uma cruzada anti-corrupcao. Acabou por abandonar o partido e formou o seu próprio, o Partido Democrático Progressivo.
O parlamento do Malawi esta actualmente dominado por partidos da oposição, principalmente a UDF, liderada por Muluzi, e o Partido do Congresso do Malawi, chefiado por John Tembo. Tembo declinou dizer se a sua formação partidária ira apoiar a moção para impugnar o presidente Mutharika.
A moção será provavelmente baseada na saída de Mutharika da UDF, que o levou ao poder e sobre acusações de que a UDF usou dinheiros do estado para financiar a sua campanha eleitoral. Ayesa Kajee, do Instituto Sul-Africano de Assuntos Internacionais, disse que peritos legais no Malawi interrogam-se a impugnação vai ao encontro de um escrutínio legal.
Wa Mutharika foi escolhido por Muluzi para o suceder, mas pouco depois de ter chegado ao poder em Maio de 2004, Mutharika anunciou o que chamou de cruzada anti-corrupcao de tolerância zero. Substituiu o Procurador-Geral da Republica que disse ter falhado em actuar contra políticos de elevada estatura, incluindo Muluzi, suspeitos de corrupção.
Kajee disse que a corrupcao foi tão penetrante na administração de Muluzi, especialmente durante o segundo mandato, que a categorizou com uma cleptocracia, ou cobiça galopante e corrupção. Acrescentou que o dinheiro de quase todas as ofertas, de um grande projecto de construção de escolas e mesmo a ajuda ao alivio da divida foi parar aos bolsos de funcionários governamentais.
Esta semana, o Bureau Anti-Corrupção convocou o ex-presidente Muluzi a comparecer na próxima semana para responder a alegações de corrupção envolvendo 12 milhões de dólares de fundos oferecidos por Taiwan, Líbia e outros países.