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Um quarto das crianças da Ásia


Uma organização internacional de caridade infantil disse que mais de um quarto das crianças da Ásia estão a viver em absoluta pobreza.

Num relatório tornado publico na Tailândia, o grupo Plan International revela que muitas famílias asiáticas não estão a beneficiar do aparente crescimento económico no continente.

De acordo com aquele grupo de caridade infantil, cerca de 600 milhões de crianças asiáticas vivem desprovidas de uma das sete necessidades básicas usadas para definir a pobreza, nomeadamente alimentos, água potável, saúde e educação.

O relatório revela ainda que 350 milhões de crianças, o equivalente à população da União Europeia, estão desprovidas de duas ou mais das consideradas necessidades básicas, situação que os coloca perante um estado de absoluta pobreza.

O director executivo daquela organização, Tom Miller compara estes números com as das vitimas do tremor de terra seguido do tsunami que devastou o sul da Ásia há precisamente oito meses.

‘Estes números são absolutamente espantosos. O mundo concentra-se muito na Ásia devido ao Tsunami. Mas estamos aqui a nos referir a um tsunami silencioso que acontece a cada dia na Ásia.’

O grupo de caridade infantil, o Plan International baseia os números apresentados, nas estatísticas das Nações Unidas que revelam que alguns países asiáticos, como a China e parte do sudeste da Ásia, têm conseguido reduzir de forma significativa a franja de crianças a viver em estado de pobreza.

Mas ainda segundo aquela organização, uma significativa parte da população continua a viver sob uma situação de absoluta pobreza , sobretudo nas áreas rurais e particularmente as minorias étnicas.

O grupo Plan International alerta ainda que a situação alarmante e atribuída ao preocupante aumento da população, apesar dos escassos recursos, da carência de serviços sociais, da discriminação e da má governação nos países asiáticos.

Tom Miller, o director executivo daquela organização de caridade infantil é da opinião que o mundo em constante mutação tem estado a afectar sobretudo os grupos populacionais considerados vulneráveis, nomeadamente as crianças abandonadas e traficadas, as vitimas da Sida e os camponeses das áreas rurais que migram para as grandes cidades.

‘Existe uma série de debates na região versando os benefícios da globalização. Mas existem alguns retrocessos e alguns perdedores... e estas são precisamente as pessoas que estão a tentar trabalhar em vão...’

O grupo Plan International observa ainda no seu relatório que por vezes assume-se de forma errada, que o que é bom para os adultos, acaba igualmente por servir as crianças.

A este propósito aquela organização de assistência humanitária advoga nomeadamente a necessidade de um contacto mais personalizado com as crianças das comunidades pobres em colaboração com os governos no sentido de uma eventual mudança de políticas e de atitudes para com as crianças.

O grupo apelou ainda aos doadores internacionais, uma ajuda financeira, calculada em mil milhões de dólares destinada a redução da pobreza nos 12 países asiáticos eleitos, isto para os próximos dez anos.

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