Links de Acesso

Mugabe criticou de forma áspera os opositores


O presidente do Zimbabwe, Robert Mugabe declinou os apelos a conversações directas com os lideres da oposição. Num discurso transmitido pela televisão estatal, Mugabe criticou de forma áspera os opositores da sua campanha de demolições de construções clandestinas. O presidente Mugabe disse ainda que a China estava disposta a ajudá-lo a salvar o pais da sua pior crise económica de sempre.

No discurso proferido no quadro das comemorações do dia dos heróis da guerra de libertação do Zimbabwe, Mugabe descartou qualquer hipótese de conversações com Morgan Tsangirai, o líder da oposição.

‘Estou atento as criticas ridículas provenientes de vários quadrantes, incluindo daqueles que acreditam saber mais, ou seja do chamado Movimento para as Reformas Democráticas. Alguns desses apelos são motivados pela liderança do MDC que erradamente pensa que nos pode forcar a dialogar .’

A oposição, do Movimento para as Reformas Democráticas considerou a rejeição, como uma bofetada sem mão na África do Sul, que condicionou a prorrogação dos empréstimos ao Zimbabwe, a implementação de reformas políticas por parte do actual executivo governamental de Harare.

O presidente Mugabe não fez menção directa aos empréstimos sul africanos, preferindo anunciar que o seu governo esta a tentar conseguir ajuda económica da China, o que segundo ele , significa que a política de viragem para o Oriente, do seu governo esta a surtir os efeitos desejados.

‘Estou feliz por anunciar aqui que a nossa política de viragem para o Oriente começou a dar resultados concretos, nomeadamente económicos para a nossa nação. A minha recente visita de estado a China foi muito mais produtiva do que se pensava e serviu para injecção de uma nova lufada de ar fresco na nossa economia.’

No passado mês de Julho, o presidente Robert Mugabe e o líder chinês, Hu Jintao assinaram um acordo no domínio económico e da cooperação técnica, mas ambos os signatários evitaram revelar publicamente os termos do acordo.

O Zimbabwe enfrenta de momento uma das suas piores crises desde a independência, caracterizada pela ruptura dos stocks de combustíveis desde Marco ultimo, pela carência de electricidade, que e quase na sua totalidade importada, com uma economia a debater-se com uma inflação que atingiu os três dígitos, com o desemprego a atingir os 70 por cento e a divida externa calculada em quatro ponto cinco mil milhões de dólares.

O milho, a base da alimentação dos zimbabweanos, tem faltado no mercado e para superar a situação, o governo vai ter que importa-lo da África do Sul.

De acordo com a imprensa da África do Sul, o governo sul africano tenciona conceder ao Zimbabwe, um empréstimo calculado em 500 milhões de dólares, para evitar a eventual expulsão de Harare do Fundo Monetário Internacional, o FMI e para que as autoridades zimbabweanas consigam importar alguns bens essenciais destinadas as populações, cuja grande maioria faz face a uma situação de fome.

XS
SM
MD
LG