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Fornecer medicamentos anti SIDA


O plano de emergência do presidente Bush, no valor de 15 mil milhões de dólares, visa fornecer, num prazo de cinco anos, medicamentos anti-SIDA a dois milhões de vitimas. O objectivo foi o de apoiar o tratamento, ate final deste mês, de 200 mil pessoas em quinze países em África, na Ásia e nas Caraíbas.

O coordenador dos Estados Unidos, Randall Tobias, sublinhou que o objectivo foi alcançado no mês de Marco, ou seja três meses antes do prazo, estando cerca de 235 mil pessoas – homens, mulheres e crianças – na sua maioria em África, a receber tratamento.

'Penso que estes resultados indicam que o plano de emergência está a funcionar, correspondendo ao objectivo do tratamento de dois milhões de pessoas, num prazo de cinco anos. Estou particularmente encorajado pelo facto de 57 por cento daqueles que estão a receber tratamento serem mulheres e raparigas. Estamos a trabalhar para assegurar que as mulheres e as raparigas tenham acesso total à prevenção, tratamento e cuidados, o que historicamente tem sido um problema em muitas nações.'

As Nações Unidas avaliam em 40 milhões de pessoas o numero de pessoas que, a nível mundial, são portadoras do HIV, o vírus que causa a SIDA. Cerca de 25 milhões e meio dessas pessoas vivem na África sub saariana, e a ONU sustenta que cerca de 57 por cento das pessoas infectadas são mulheres e crianças.

Embora Tobias manifeste agrado pelos resultados, concorda que muito mais seja necessário fazer no combate à pandemia da SIDA, sendo necessário realizar mais trabalho na área da prevenção.

Destaca que as pessoas não têm acesso a cuidados médicos e a tratamento até saberem se têm o vírus HIV, e para alcançar o objectivo de tratar dois milhões de doentes com HIV/SIDA, entre 40 e cem milhões de pessoas devem ser testadas.

O embaixador dos Estados Unidos destaca que o problema é de uma tal dimensão que são necessárias enormes quantidades de dinheiro para o resolver, embora o dinheiro por si só não venha a resolver o problema.

'Em Moçambique, por exemplo, existem cerca de 18 milhões de pessoas. Existem cerca de 650 médicos para todo o território. Como comunidade mundial temos de resolver os problemas da infra-estrutura e em particular os problemas das lacunas no pessoal de cuidados de saúde, que constituem uma parte critica para a construção de programas de tratamento. Não resolve nada ter um armazém cheio de medicamentos se não existirem laboratórios e técnicos de laboratório e trabalhadores de saúde que possam ministrar os cuidados de saúde.'

Tobias refere que as Nações Unidas estão a trabalhar directamente com as comunidades locais, e que o êxito da aplicação dos programas depende das estratégias nacionais de combate ao HIV SIDA.

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