O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, afirma que o seu país rejeita pressões externas para valorizar a sua moeda, o yuan, repetindo afirmações de que uma reavaliação tem que ser feita gradualmente e quando as condições forem as ideais.
O primeiro-ministro Wen Jiabao manteve a posição oficial do governo de Pequim de que, eventualmente, irá reformar a sua moeda, mas apenas quando o governo determinar que, ao fazê-lo, não irá afectar o frágil sector bancário e as economias dos seus parceiros comerciais asiáticos.
O chefe do governo chinês falava durante um encontro dos ministros das Finanças da Europa e da Ásia, realizado na cidade portuária de Tianjin.
Wen Jiabao afirmando que tal reforma terá um impacto profundo e que requer uma grande preparação de todas as partes para enfrentar os efeitos da valorização. O primeiro-ministro adiantou que uma atitude responsável contribuirá para a estabilidade e desenvolvimento não só da China, mas de todos os outros parceiros.
Os comentários de Wen Jiabao foram feitos um dia depois do ministro das Finanças do Japão, Sadakazu Tanigaki, ter dito que avançar rapidamente para uma reforma monetária seria do interesse da China.
A China tem estado sob fortes pressões por parte dos EUA, onde alguns analistas dizem que o câmbio de 8,2 yuan por cada dólar é responsável pelo enorme déficit comercial com a China.
Alguns políticos americanos, fabricantes e grupos sindicais alegam que aquele câmbio, que tem estado em vigor há uma década, torna os produtos chineses artificialmente mais baratos e gera desemprego nos EUA.
Este mês, Alan Greenspan, o chefe do banco central americano, disse numa reunião dos bancos centrais, em Pequim, esperar que a China adopte um câmbio mais flexível, “razoávelmente depressa”, sublinhando que seria vantajoso para a China faze-lo.
No entanto, Alan Greenspan disse não esperar que uma reavaliação da moeda chinesa venha a ter um efeito significativo na redução do déficite comercial entre a China e os EUA.