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Gordon Brown acredita no relançamento das economias africanas


O ministro das Finanças da Grã-Bretanha, Gordon Brown acredita que o relançamento das economias africanas, passa pelo cancelamento da dívida, aumento de assistência económica e redução das tarifas.

O programa delineado por Gordon Brown faz parte do pacote que o primeiro-ministro britânico Tony Blair apresentou esta semana em Washington ao presidente George W. Bush.

O vasto programa que Gordon Brown chama de um moderno Plano Marshall é da autoria da Comissão para África, criada o ano passado pelo primeiro-ministro Tony Blair.

Falando em Edimburgo, Escócia, Brown disse que se tratava de um novo acordo entre ricos e pobres. Congrega o cancelamento da dívida dos países mais pobres de África, o reforço nos próximos 10 anos da assistência aos países em desenvolvimento, e a redução das restrições impostas às exportações africanas.

O primeiro-ministro Blair tem vindo a apresentar o seu projecto, tendo inclusive recebido já sinais de apoio do primeiro-ministro italiano Sílvio Berlusconi. O líder britânico discutiu recentemente o seu projecto com o presidente Bush em Washington.

Depois da sua visita aos Estados Unidos o primeiro-ministro britânico
viajou para a França, Alemanha e Rússia em antecipação à cimeira dos países mais industrializados que terá lugar em Glenegles, na Escócia e da qual também fará parte a Rússia

Gordon Browon apresentou-se em Edimburgo muito animado com a
perspectiva da obtenção de um acordo sobre o alívio da dívida. Disse que não há tempo mais para timidez.

“No próximo mês faremos uma proposta e tentaremos um acordo com a comunidade internacional para anulação em 100 por cento da dívida dos países mais pobres, livrando-os de dívidas a instituições como o Banco Mundial, Banco Africano do Desenvolvimento e Fundo Monetário Internacional. Nós países ricos assumiremos o compromisso do pagamento destas dívidas que custam a cada ano entre 1 e 2 biliões de dólares. Queremos o compromisso dos países ricos para concessão de dinheiro adicional tendente ao pagamento destas dívidas".

Referindo-se ao alívio progressivo da dívida Gordon Brown disse que ao ritmo actual a União Europeia poderá duplicar os fundos de ajuda no ano de 2010. Disse que a missão agora é mobilizar os países para a cimeira da Escócia e convencê-los assinar.

"A cimeira dos G-8 é uma oportunidade para se conseguir um compromisso internacional sobre comércio entre os países mais ricos, e as nações mais pobres.” ·

Gordon Brwon disse que a terceira fase do plano britânico é o estabelecimento de uma plataforma entre países ricos e países pobres.

"Gostaríamos de ver todos os países concordarem na eliminação de subsídios que penalizam a agricultura nos países em desenvolvimento. Reconhecemos ser necessário melhorar os acordos, mas alguns fundos podem ser disponibilizados após a cimeira da Escócia para que os países em desenvolvimento comecem a criar já a sua própria capacidade de negociação".

Atento as iniciativas idênticas do passado que fracassaram, Gordon Brown sublinhou entretanto, que a boa governação, transparência , combate à corrupção e encorajamento à iniciativa privada são ingredientes necessários à obtenção de sucesso desta vez.

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