Num estudo publicado na ultima edição da revista Nature Medicine, os cientistas revelam ter testado com êxito duas novas vacinas em macacos.
O doutor Thomas Geisbert, um dos autores do estudo e especialista em virologia do Instituto de Doenças Infecciosas do Centro de Pesquisa do Exercito dos Estados unidos, localizado em Fort Detrick, no estado de Maryland, referiu que os existo obtidos nos testes com macacos constitui um indicador promissor do uso potencial das vacinas na protecção de seres humanos contra os vírus do Ebola e de Marburg.
“Estes vírus são muitos mais virulentos e patológicos nos primatas não humanos do que nos próprios seres humanos. Quando se regista uma percentagem de mortalidade de 80 a 90 por cento nos humanos e cem por cento letal nos primatas não humanos.”
<!-- IMAGE -->O Ebola e o Marburg são vírus altamente contagiosos que se espalham através dos fluidos corporais. A doença começa com os sintomas típicos de uma gripe que rapidamente enfraquece o doente, provocando o colapso dos órgãos, e por vezes a morte.
O doutor Stephen Jones, um pesquisador da Agencia de Saúde Publica do Canada, salienta que a vacina e um vírus vivo, que, em vez de transportar um dos genes, incluem um dos genes do Ebola ou do vírus de Marburg.
Segundo este especialista o resultado e que para o sistema imunologico assemelha-se às partículas do Ebola ou do Marburg , sem ter a capacidade de provocar a doença. O corpo responde muito rapidamente, produzindo um potente anticorpo e a resposta celular subsequente reside na possibilidade de sobreviver à infecção.
Os macacos incluídos no estudo forma vacinados contra o Ebola ou contra o Marburg, e 28 dias mais tarde foram submetidos a uma grande dose do vírus correspondente. Nenhum dos macacos apresentou quaisquer sinais da doença, ou quaisquer efeitos secundários.
Os pesquisadores adiantam que o objectivo e o de proteger os cidadãos e os militares contra o bio terrorismo, e impedir surtos como a presente epidemia de Marburg em Angola.
O doutor Jones acrescenta pensar que a vacina apresenta boas perspectivas de em ultima instância impedir a transmissão por parte dos seres humanos.
“Um dos factores deste vírus reside no facto de existir um caso numa família, com frequência transmite-se aos entes queridos que os tratam. Transmitindo-se de um membro da família para outro, quando existe um caso destes pode-se vacinar os que têm contacto com a pessoa e tentar assim suster o ciclo de transmissão.”
Os pesquisadores canadianos e americanos iniciaram em 2001 a trabalhar intensivamente nas vacinas, e acrescentam que vai demorar ainda alguns anos ate que possam ser efectuados testes em seres humanos, e talvez mesmo seis anos antes de as vacinas poderem vir a ser autorizadas para utilização.