Negociadores do governo indonésio e rebeldes separatistas do Movimento Aceh Livre, conhecido pela sigla GAM, soavam optimistas enquanto concordavam numa quinta ronda de negociações em Julho, em Helsínquia.
Diz Bathiar :" Penso que fizemos bom progresso para que as negociações progridam, mas, ao mesmo tempo, não obtivemos até agora qualquer acordo concreto."
A quarta ronda de negociações centrou-se em questões de segurança, autogovernação, direitos humanos, participação política do GAM em Aceh, e a observação por parte dos europeus de qualquer acordo de paz que venha a ser assinado.
Bahtiar diz que apesar de ambas as partes estarem a trabalhar para que haja um acordo de paz, o resultado dependerá de um acordo final.
"Qualquer que seja o entendimento que tenhamos, o factor determinante será o pacote final, que ainda não existe", diz Bahtiar, acrescentando que "será esta a imagem final de todo este exercício que começamos em Janeiro".
O governo indonésio e o GAM sentaram-se pela primeira vez à mesa das negociações em Janeiro, depois do tremor-de-terra e do tsunami que se abateu sobre Ache, matando mais de 230 mil pessoas e destruindo a maior parte das infra-estruturas.
Os militares indonésios lançaram uma ofensiva contra o GAM em 2003, depois do fracasso duma trégua anterior.
O GAM combate desde 1976 pela independência de Aceh, uma província rica em petróleo, localizada na ponta norte de Sumatra. Mais de 12 mil pessoas, na sua maior parte civis, foram vitimadas por este conflito