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Angola: Trabalhadores do Ministério das Pescas querem peixe


Os trabalhadores do Ministério das Pescas e Recrusos Marinho de Angola querem peixe e ameaçam protestos se essa e outras reivindicações não forem atendidas.

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Com efeito os mais de 600 trabalhadores desse ministério recebiam tradiconalmnete uma Caixa de peixe capturado por duas embarcações para atenuar as dificudlades de todos os trabalhadores.

Mas isso foi suspenso levantando interrogações sobre o destino das receitas de duas embarcações que capturavam para atenuar dificuldades de todos os colaboradores.

Ao cenário da falta de pescado, contrário ao que se verificava em anos anteriores, a Comissão Sindical junta a inexistência de cartões de compras mensais e refere que três anos de negociações com a entidade patronal não surtiram efeitos.

A Comissão Sindical abdicou de dez pontos do caderno reivindicativo, objecto de negociações que vinham decorrendo desde 2022, mantendo o foco em 4 exigências, uma delas a distribuição de caixas de peixe para os trabalhadores todos os meses.

O seu porta-voz, Bráulio Firmino, diz que não entende como foi quebrada uma tradição num sector com duas embarcações, a Atlântico e a Martico.

“A ministra só precisa de passar licenças, conforme fez há alguns anos a ministra Fátima Jardim, para as embarcações que pescavam a favor dos trabalhadores”, disse .

“O que é que significa uma caixa de peixe mensal para 600 trabalhadores?”, questiona, antes de ter ressaltado que “está a faltar vontade política, a ministra nos faz esperar três anos e vem dizer que não vai dar peixe”.

Assim sendo, a Comissão Sindical avança com um ultimato

“Se em uma semana não disser como e quando vai nos dar peixe e o cartão de compras … vamos nos vestir de preto, com bíblias, porque do suor do nosso rosto estamos a passar fome, vamos protestar. Voltaremos a fazer greves, o sector não é empresa privada”, disse aquele porta-voz.

Seguro de saúde e a passagem de colaboradores para o quadro-efectivo são as outras exigências.

Ninguém quer comentar

Contactada pela VOA, a Associação Mutualista dos Trabalhadores do Ministério das Pescas e Recursos Marinhos, citada como gestora dos barcos, disse que nada tinha a comentar a este respeito.

O representante do Ministério nas negociações, João Manuel Piedade, que é o director dos Recursos Humanos, a quem a Voz da América transmitiu o assunto, salientou que não podia tecer considerações por estar em Conselho de Direcção.

Nem pelo Gabinete de Comunicação e Imprensa foi possível obter a versão do pelouro liderado pela ministra Carmen dos Santos.

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