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Venâncio Mondlane apresenta medidas para primeiros três meses do novo Governo de Moçambique


Uma mulher assiste a um vídeo ao vivo no Facebook de Venancio Mondlane, candidato presidencial de 2024 pelo Partido Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), no seu telemóvel em Maputo, a 17 de janeiro de 2025
Uma mulher assiste a um vídeo ao vivo no Facebook de Venancio Mondlane, candidato presidencial de 2024 pelo Partido Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), no seu telemóvel em Maputo, a 17 de janeiro de 2025

O líder da oposição, Venâncio Mondlane, apresentou sexta-feira, 17, medidas para serem implementadas nos primeiros 100 dias do novo governo de Moçambique, encabeçado por Daniel Chapo, da Frelimo, alertando para novos protestos se não forem cumpridas pelo Governo.

Para Mondlane o primeiro ponto do plano é "parar com toda a violência contra a população". "É uma exigência. (...) Temos de parar com este genocídio silencioso deste governo da UIR [Unidade de Intervenção Rápida]", afirmou.

Mondlane pede ainda a "libertação incondicional de todos os cerca de quatro mil moçambicanos detidos no âmbito das manifestações", que o candidato presidencial diz estarem "detidos ilegalmente".

O candidato apoiado pelo partido Podemos avança ainda que todos os feridos ou incapacitados, em resultado das manifestações, "por causa da brutalidade do governo da UIR , pela brutalidade das forças de defesa e segurança", devem ter acesso gratuito à assistência médica.

Segundo Mondlane, todas as famílias que perderam um membro, devem receber "compensação financeira" até 200 mil meticais (cerca de três mil euros) por família.

Outras medidas dizem respeito à extenção do não pagamento de portagens por mais três meses. Mondlane requer ainda acesso a água potável gratuito, eletricidade mais barata e o fim do que diz serem "cobranças ilícitas" da função pública, nomeadamente a polícia.

Venâncio Mondlane não reconhece os resultados eleitorais das eleições de outubro. Em dezembro, o Conselho Constitucional proclamou Daniel Chapo, da Frelimo, vencedor das eleições presidenciais,

As medidas apresentadas surgem dois dias depois da tomada de posse do novo presidente do país, Daniel Chapo. Caso as medidas não sejam implementadas por Chapo, Mondlane avisa que vai convocar mais protestos.

“Se estas medidas não forem implementadas - se estas medidas não forem cumpridas - a qualquer momento antes dos cem dias, retomaremos as manifestações de rua e de uma forma muito mais intensa”.

A organização não governamental, Plataforma Eleitoral Decide, apresentou novos números sobre as vítimas das manifestações, elevando para 314 mortos desde o início dos protestos, 633 baleados e 4236 detidos. Pelo menos 14 morreram entre os dia 15 e 16.

De acordo com a ministra das finanças de Moçambique, o país perdeu quase 640 milhões de euros devido às manifestações.

Venâncio Mondlane comemora este sábado, dia 18, 50 anos.

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