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Cessar-fogo entre Israel e o Hamas a partir de domingo


Primeiro ministro do Qatar Sheikh Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim al-Thani l que anunciou o cessar fogo
Primeiro ministro do Qatar Sheikh Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim al-Thani l que anunciou o cessar fogo

Acordo tem três fases até ao início da reconsutração de Gaza e saída de Israel

O Governo Israel e o movimento palestiniano Hamas acordaram num cessar fogo a entrar em vigor no próximo domingo, 19 de janeiro, na Faixa de Gaza, anunciou nesta quarta-feira, 15 janeiro, o primeiro -ministro do Qatar, Mohammed bin Abdulraham Jassim Al Thani.

O acordo foi confirmado pouco depois pelo Presidente dos Estados Unidos Joe Biden, que disse ser no essencial o plano que os Estados Unidos apresentaram há algumas semanas e que foi alvo de intensas negociações.

O compromisso será monitorado por entidades do Egito, Qatar e Estados Unidos sediadas no Cair,o onde estarão também representantes do Hamas e de Israel, disse o chefe do Governo qatari.

O acordo prevê a sua aplicação em três fases, iniciando-se com a libertação de 33 reféns israelitas em troca de um número não especifidado de presos palestinianos.

Acordo em três fases

A primeira fase prevê a libertação de 33 reféns, enquanto Israel inicia uma retirada gradual do território, mantendo um perímetro de segurança em Gaza.

Palestinianos condenados a prisão perpétua por atos de terrorismo serão libertados e Israel irá manter uma presença pequena no chamado corredor de Filadélfia, que faz fronteira entre o Egito e Gaza.

A segunda fase prevê conversações para a libertação de mais reféns, o início da retirada de Israel e adoção de protocolos de segurança para os palestinianos que regressarem ao norte de Gaza.

A terceira fase permitrá a libertação de todos os reféns e a retirada israelita após essa libertação ter sido realizada.

Após isso iniciar-se-á a reconstrução do território.

ONU pronta para ajudar

O secretário -geral da ONU António Guterres disse que a organização está pronta para apoiar o acordo e entregar ajuda humanitária, mas avisou que o acordo deve remover "obstáculos" à segurança que impedem a entrega de assistência.

Muitas zonas de Gaza caíram na anarquia onde bandos armados saqueiam regularmente ajuda humanitária.

O Hamas terá informado os negociadores que dos 251 reféns feitos no ataque do Hamas a Israel, 91 estão ainda no cativeiro dos quais 34 estão mortos.

O movimento classificado terrorista pelos Estados Unidos emitiu, entretanto, uma declaração descrevendo o acordo como “um grande ganho que reflete a históriaque foi alcançada através da firmeza de Gaza, do seu povo e da bravura da resistência”.

Para o Hamas Israel “falhou em alcançar qualquer dos seus objetivos”.

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