As Forças Armadas continuam a ser a instituição em que mais os cabo-verdianos confiam, mas o nível de confiança caiu de 74 por cento para 54 por cento num período de dois anos.
Um estudo realizado em agosto e setembro deste ano pela empresa Afrosondagem aponta que o Governo é mal avaliado em todas as áreas, enquanto 46 por cento dos inquiridos consideram que tanto o Presidente da República como o primeiro-ministro têm culpa na relação entre eles que 35 por cento classificam de “tensa”.
”Desde o Presidente da República, passando pelo primeiro-ministro, pela Assembleia Nacional, inclusive pela Comissão Nacional das Eleições, nós constatamos uma queda generalizada nas instituições eleitas, mas também não eleitas", disse José Semedo ao apresentar o estudo aos jornalistas na terça-feira, 17, na cidade da Praia.
O diretor geral da Afrosondagem apontou que “em todas as áreas económicas, o Governo é avaliado negativamente, assim como também nas áreas sociais”.
O Presidente da República é avaliado positivamente por 55 por dos inquiridos, quando em 2022 72 por cento tinham essa mesma avaliação.
José Maria Neves também viu a confiança dos cabo-verdianos nele cair de 65 por cento para 40 por cento.
A crise registada há cerca de um ano entre o Presidente e o primeiro-ministro levou 35 por cento dos entrevistados a considerar que a relação está ainda “muito tensa”, enquanto 33 por cento afirmam que é "normal".
Quanto a responsabilidades, 46 por cento dos inquiridos acreditam que ambos têm culpa, mas 26 por cento responsabilizam o Chefe do Governo, Ulisses Correia e Silva, e 16% ao Chefe de Estado, José Maria Neves.
A Afrosondagem entrevistou de 27 de agosto a 3 de setembro 1.200 pessoas e o estudo tem uma margem de erro de 3%.
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