O Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump reiterou, no domingo, 8, as suas promessas de impor tarifas comerciais e levar a cabo deportações em massa, ao mesmo tempo que lançou a ideia de que os Estados Unidos poderiam retirar-se da NATO.
Na sua primeira entrevista formal à televisão - e a apenas seis semanas da tomada de posse - Trump voltou a dar a entender que o apoio dos EUA à Ucrânia será reduzido, dizendo que “provavelmente” cortará a ajuda para Kyiv repelir a invasão russa.
Trump também disse que iria analisar “muito rapidamente” a possibilidade de perdoar os apoiantes presos por terem invadido o Capitólio dos EUA após a sua derrota nas eleições de 2020 para Joe Biden.
A entrevista no programa “Meet the Press with Kristen Welker” da NBC foi gravada na sexta-feira, mas foi ao ar no domingo, após os encontros de Trump com os Presidentes da França e da Ucrânia no fim de semana - sua primeira viagem ao exterior desde que venceu as eleições de novembro contra Biden.
Trump reiterou a sua conhecida ameaça de abandonar a NATO, a pedra angular da segurança na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, dizendo que os aliados dos EUA não pagam o suficiente pela sua defesa.
“Se eles estão a pagar as suas contas e se eu acho que nos estão a tratar de forma justa, a resposta é absolutamente que eu ficaria na NATO”, disse Trump.
Mas também existe “absolutamente” a possibilidade da saída dos Estados Unidos da América, afirmou.
Também salientou que as suas promessas de campanha de grandes tarifas - incluindo contra os principais parceiros comerciais dos EUA, Canadá, México e China - seriam implementadas.
“Estamos a subsidiar o México e estamos a subsidiar o Canadá e estamos a subsidiar muitos países em todo o mundo”, disse.
Prometendo que as tarifas “devidamente utilizadas” são “uma ferramenta muito poderosa”, Trump acrescentou que não as utilizaria apenas a nível económico, “mas também para conseguir outras coisas fora da economia”.
Quanto à possibilidade de os americanos verem os preços mais elevados em resultado dessas tarifas, Trump disse que “não posso garantir nada. Não posso garantir o dia de amanhã”.
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