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Angola: estatutos e desafios do MPLA


João Lourenço, cabeça de lista do MPLA às eleições de 24 de Agosto fala perante milhares de apoiantes no discurso de encerramento da campanha eleitoral
João Lourenço, cabeça de lista do MPLA às eleições de 24 de Agosto fala perante milhares de apoiantes no discurso de encerramento da campanha eleitoral

Analistas em Luanda alertam que o MPLA pode voltar a contar com uma bicefalia na sua liderança. Para falar sobre o assunto, ouvimos os juristas William Tonet e Luís Jimbo, e o analista político, Agostinho Sikato.

O Presidente do MPLA, João Lourenço, afirmou esta semana que, na história do partido que lidera, para além dos vários congressos ordinários realizados de cinco em cinco anos, o MPLA organizou, até à presente data, sete congressos extraordinários, tendo, em cinco deles, nomeadamente em Dezembro de 1980, Abril de 1991, Maio de 1992, Abril de 2011 e Junho de 2019, feito ajustamentos aos Estatutos do Partido.

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João Lourenço também lembrou que, no congresso de Dezembro próximo, será a sexta vez que o Partido fará ajustamentos aos seus Estatutos, num Congresso Extraordinário.

O Comité Central do MPLA, reunido em sessão ordinária, aprovou o projecto de resolução sobre a alteração da data de realização do seu 8.º Congresso Extraordinário, para os dias 16 e 17 de Dezembro.

A 7.ª Sessão Ordinária do comité central do MPLA ficou marcada com a ausência de cerca de duzentos membros, uma constatação que os analistas em Luanda consideram tratar-se de uma imagem clara da suposta crise interna, porque passa o partido maioritário em Angola.

Analistas consideram que a sociedade angolana seja surpreendida, finalmente, com passos decisivos para a democratização interna do MPLA, no seu congresso extraordinário previsto para Dezembro próximo.

Para as nossas fontes, a incerteza que agita a vida interna do partido no poder, tem que ver com o futuro do Presidente João Lourenço, que está em fim de mandato e as alegadas manobras políticas que residem na alteração dos estatutos do partido.

O analista político, Agostinho Sikato, não encontra razões para muito alarido quando se trata da alteração dos estatutos nas organizações partidárias. Lembra, por outro lado, que os próprios militantes dispõem de instrumentos internos para inviabilizar qualquer tendência que seja contrária à linha ideológica do partido.

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