O Presidente cessante dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou ter falado com o Presidente eleito, Donald Trump, e prometeu passar a Presidência de forma "ordenada e pacífica", a 20 de Janeiro, dia da tomada de posse do novo inquilino da Casa Branca.
"A 20 de janeiro, teremos uma transferência pacífica de poder aqui na América", afirmou.
“Aceitamos a escolha que o país fez. Não se pode amar o nosso país apenas quando se ganha. Não se pode amar o vizinho apenas quando se está de acordo”, lembrou o chefe de Estado.
Em resposta às alegações feitas por Donald Trump sobre a existência de fraude em vários Estados, Joe Biden frisou que o processo eleitoral “é honesto, livre e transparente”.
Trump não voltou a fazer referência a essas acusações após a sua vitória.
No Jardim das Rosas, na Casa Branca, Biden lembrou que o “voto das pessoas prevalece sempre” e sublinhou que a vice-presidente, Kamala Harris, realizou uma “campanha inspiradora”.
“Ela tem um grande caráter”, afirmou.
Num curto discurso, Joe Biden pediu ainda ao povo americano que não desanime.
“Os contratempos são inevitáveis, mas a desistência é imperdoável (...) A América dos seus sonhos está a chamar por si para se levantar”, acrescentou o Presidente americano que insistiu na necessidade de se “reduzir” as tensões políticas.
Sem assumir responsabilidades pela derrota do Partido Democrata - numa altura em que vários analistas, membros da campanha e do partido consideram que uma passagem de testemunho feita com tempo teria dado vantagem ao candidato do partido -, o Presidente dos Estados Unidos sublinhou algumas das conquistas do seu mandato e pediu aos cidadãos que não esqueçam as metas alcançadas nos últimos quatro anos.
“Estamos a deixar para trás a economia mais forte do mundo”, declarou, reconhecendo que apesar dos ganhos, “as pessoas continuam a sofrer”.
A economia foi apontada pelos eleitores como o fator decisivo nestas eleições.
Uma sondagem feita à boca-da-urna pela cadeia televisiva CNN revelou que 67% dos eleitores assentou o seu voto na economia.
Um elevado número de eleitores culpabilizou o ainda Presidente Joe Biden e a sua vice-presidente, Kamala Harris, por não terem conseguido melhorar suficientemente a situação financeira dos americanos nos últimos quatro anos.
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