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"Intolerância política" caracteriza a segunda semana da campanha em Moçambique


"Intolerância política" caracteriza a segunda semana da campanha
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"Intolerância política" caracteriza a segunda semana da campanha

Quinze dias depois do início da campanha eleitoral em Moçambique, a tranquilidade que caracterizou os primeiros dias já está dar espaço a episódios de violência, disse Wilker Dias, observador da Plataforma Decide em entrevista a Voz da América.

Dias descreve o atual momento como de intolerância política, com maior incidência dos casos na zona centro e norte. Só no sábado, 7, por exemplo, em Quelimane "um membro da Frelimo foi proibido de prosseguir a sua marcha pelos membros da Renamo até que tirasse a camiseta do seu partido (Frelimo)".

Inicia a 'caça ao voto' em Moçambique
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Em Cuamba, membros da Frelimo ocuparam um campo reservado pelos membros do PODEMOS, que deviam receber o candidato Venâncio Mondlane. "A polícia esteve em defesa dos membros da Frelimo em detrimento dos membros do PODEMOS", descreve Dias que acrescenta que o ocorrido gerou agitação.

Wilker Dias, Analista político moçambicano
Wilker Dias, Analista político moçambicano

Esses episódios são apenas uma amostra dos vários casos de violência que vão se repercutindo por todo o país. "Estes são sinais de que os próximos dias poderão ser caóticos caso não haja um maior incentivo por parte dos órgãos locais, para que essa situação seja acalmada e por parte também dos partidos políticos". Explica o analista e observador da Plataforma Decide.

Uso de bens públicos: nos distritos ninguém vai ver

Outro ponto que tem manchado a caça ao voto em Moçambique é o uso de bens públicos para fins partidários. Vários observadores no país têm reportado este facto, só na cidade de Quelimane foram registadas três viaturas do Estado aquando da visita do candidato da Frelimo, segundo informações avançadas pela Plataforma Decide. "Nos distritos se pensa que ninguém irá ver que estes bens estão a ser usados", Wilker Dias.

Uso de bens públicos para campanha - "ninguém irá ver"
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Para além da contínua fixação de cartazes em instituições públicas, também verifica-se uso de edifícios do Estado para reuniões partidárias, professores e crianças em campanhas.

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