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Burladores digitais "atacam" contas de políticos em Angola


Pertencentes à eleite financeira são alvos preferenciais de pelo menos 20 suspeitos procurados pelas autoridades

As contas nas redes sociais de membros do Executivo angolano e altas figuras do MPLA têm sido alvos de sequestro por burladores.

O Serviço de Investigação Criminal (SIC) diz estar no encalço de mais de 20 falsários envolvidos em crimes como extorsão e furto de informações bancárias.

Analistas políticos dizem que são os alvos preferenciais por pertenceram a uma classe com muito poder aquisitivo.

Burladores digitais "atacam" contas de políticos em Angola
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Nos últimos dias, uma onda de sequestros de contas do WhatsApp tem alarmado cidadãos em todo o país.

A prática criminosa, que envolve indivíduos que se fazem passar por funcionários de renomadas empresas de telecomunicações e financeiras, tem gerado prejuízos consideráveis.

O Novo Jornal escreveu que, recentemente, três ministros em exercício, dois magistrados judiciais e seis figuras políticas do MPLA sofreram burlas de milhões de kwanzas, após acessarem falsos formulários de atualização do aplicativo bancário "BAI Directo" e "Multicaixa Express", conforme apurado junto de fontes dos órgãos de investigação do Ministério do Interior (MININT).

O analista Rui Kandov afirma que os membros do Executivo e altas figuras do MPLA são os que mais fortunas acumulam e, por conta disso, acabam sendo alvos de sequestro de contas nas redes sociais por burladores.

“E até porque em alguns casos há ostentação”, sustenta.

Memes e confusão nas redes sociais em vésperas de eleições
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Outro analista político Nelson Francisco é de opinião que a situação de pobreza em que a população vive hoje leva os sequestradores a direcionarem esses ataques a ministros, governadores e juízes porque "eles sabem que é mais fácil retirar de quem tem do que quem não tem mesmo nada”.

Entretanto, o SIC lançou, na semana passada, um alerta sobre esquemas de roubo de dados de acesso a contas do WhatsApp envolvendo falsos funcionários de alguns bancos e empresas públicas.

O superintendente-chefe de Investigação Criminal, Manuel Halaiwa, informou que o SIC está no encalço de mais de 20 falsários envolvidos em crimes como extorsão e furto de informações bancárias.

“O SIC já tomou várias medidas preventivas e repressivas sobre a matéria e aproveita a ocasião para alertar os cidadãos para não atenderem a essas chamadas nem tampouco fornecerem qualquer código seu a terceiros”, garantiu Halaiwa.

Nelson Francisco, no entanto, apela a um maior apetrechamento das instituições para o combate à fraude digital.

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