Mohamed Hamdan Dagalo, líder das Forças de Apoio Rápido, uma das duas fações em guerra no Sudão, aceitou o convite do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, para participar em conversações de paz destinadas a pôr fim ao devastador conflito que dura há 15 meses no país.
Até ao momento, não houve qualquer reação do líder das Forças Armadas Sudanesas, Abdel Fattah al-Burhan, a outra fação, sobre a proposta americana de um encontro na Suíça.
Em comunicado divulgado na terça-feira, 23, Blinken disse que a Arábia Saudita será co-anfitriã das conversações previstas para 14 de agosto, em que participarão também representantes dos Emirados Árabes Unidos, Egito, União Africana e Nações Unidas como observadores.
Em abril de 2023, o Sudão entrou numa violenta guerra civil entre o general do exército Abdel Fattah al-Burhan, que também dirige o Conselho de Transição Governamental, e Mohamed Hamdan Dagalo, vice-chefe do Conselho de Transição e líder dos paramilitares.
Os dois generais uniram forças em outubro de 2021 para derrubar o Governo de transição formado após a deposição em 2019 do antigo ditador Omar al-Bashir.
Os dois lados envolveram-se em conversações indiretas em Genebra, na semana passada, mediadas por Ramtane Lamamra, enviado pessoal do secretário-geral da ONU, Antonio Gueterres, para o Sudão.
Lamamra descreveu as conversações, que se centraram em medidas para proteger os civis e garantir a distribuição de ajuda humanitária, como “encorajadoras”.
A guerra provocou a saída de milhões de pessoas das suas áreas de residência, tendo muitas delas fugido do país.
C/Reuters, AP e AFP
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