O político liberal russo, Boris Nadezhdin, perdeu, na quinta-feira, 15 fevereiro, um recurso que contestava a decisão das autoridades eleitorais de o impedirem de concorrer na votação do próximo mês, em que o Presidente Vladimir Putin tem quase a certeza de ganhar.
Boris Nadezhdin tinha feito do apelo ao fim do conflito na Ucrânia o seu principal “slogan” de campanha e a sua retirada da corrida indicou que as autoridades não tolerarão qualquer oposição pública à ação do Kremlin.
Na quinta-feira, o Supremo Tribunal da Rússia recusou o recurso de Nadezhdin contra aspetos técnicos da decisão da semana passada da Comissão Eleitoral Central de o excluir das eleições presidenciais de 15 a 17 de março. O tribunal ainda não analisou o seu outro recurso contra a decisão da comissão.
Milhares de russos em todo o país assinaram petições de apoio à candidatura de Nadezhdin, uma manifestação de apoio invulgar num cenário político rigidamente controlado. Nadezhdin, um legislador local de uma cidade perto de Moscovo, apresentou 105.000 assinaturas à Comissão Eleitoral Central para se qualificar para a corrida.
Na semana passada, a comissão declarou que mais de 9.000 assinaturas apresentadas pela campanha de Nadezhdin eram inválidas - o suficiente para o desqualificar. De acordo com as regras eleitorais russas, os potenciais candidatos não podem ter mais de 5% das suas assinaturas rejeitadas.
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