O vice-presidente Nangolo, Mbumba, tomou posse como presidente após a morte, no domingo, do presidente Hage Geingob. Geingob, um veterano da luta de libertação do país, morreu aos 82 anos de idade, suscitando homenagens dos líderes africanos.
Nangolo Mbumba, que assume o cargo até às eleições, afirmou que não tenciona candidatar-se às eleições previstas para o final do ano. "O meu objetivo era ser diretor de uma escola, o que consegui, e agora tenho de agradecer ao povo namibiano a honra que me concedeu de ser seu presidente, por um curto período", disse Mbumba na cerimónia de tomada de posse.
Isso significa que Netumbo Nandi-Ndaitwah - que substitui Mbumba como vice-presidente e é a primeira vice-presidente mulher no país -, continuará a concorrer. Se ganhar, será a primeira mulher presidente do país da África Austral.
Membro da Organização do Povo do Sudoeste Africano (SWAPO), Mbumba dirigiu vários ministérios na Namíbia: Agricultura, Água e Desenvolvimento Rural, Finanças, Informação e Radiodifusão, Educação e Proteção e Segurança. De 2012 a 2017, foi secretário-geral da SWAPO.
Geingob deixa para trás um país de rendimento médio que luta para impulsionar o crescimento económico acima dos 3% após um abrandamento da era pandémica e inverter as desigualdades raciais deixadas pelo colonialismo e pela anexação pelo antigo governo de minoria branca da África do Sul.
Liderou os esforços da Namíbia para se reformular como líder da economia verde global e, em 2022, a Namíbia tornou-se o primeiro país africano a concordar em fornecer à União Europeia hidrogénio verde e minerais necessários para a energia limpa. No ano passado, a Namíbia começou a construir a primeira fábrica de ferro descarbonizada de África, que será alimentada exclusivamente por hidrogénio verde.
Fórum