Um júri de um tribunal de Nova Iorque decidiu que o antigo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve pagar 83,3 milhões de dólares de indemnização à jornalista e escritora E. Jean Carroll por difamação.
Carroll processou Trump em 2019 por menosprezar a sua alegação de que ele a agrediu sexualmente numa loja na década de 1990 e pediu pelo menos 10 milhões dólares ao empresário, argumentando que ele havia prejudicado a sua reputação como jornalista.
O veredito foi proferido nesta sexta-feira, 26, por um júri de nove pessoas, composto por sete homens e duas mulheres.
O júri levou cerca de 3 horas e meia para tomar a decisão.
Trump compareceu ao banco das testemunhas na audiência de ontem para se defender das acusações e manteve a sua posição de que eram falsas.
Trump, o provável candidato republicano em 2024 para concorrer contra o Presidente democrata Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro, negou até mesmo conhecer Carroll, agora com 80 anos.
Depois de o veredito ter sido anunciado, Trump escreveu na sua plataforma de mídia social, Truth Social, que vai recorrer da decisão e classificou o caso de “caça às bruxas dirigida por Biden”.
Esta é a segunda vez em menos de um ano que um júri aborda a alegação de Carroll de que Trump a difamou ao negar que a agrediu.
Em maio de 2023, outro júri determinou que Trump abusou sexualmente de Carroll na década de 1990 e ordenou que o antigo Presidente pagasse a Carroll 5 milhões de dólares pelos comentários que ele fez em 2022.
Trump também recorreu contra a decisão.
O caso atual centrou-se nos comentários feitos por Trump em 2019, enquanto era Presidente.
Ela negou repetidamente conhecer Carroll e disse que ela não era “meu tipo”.
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