O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Geraldo Martins, foi reconduzido ao cargo nesta terça-feira, 12, pelo Presidente da República.
Numa nota informativa lida pelo conselheiro do Presidente da República, Delfim da Silva, a Presidência informou que a decisão entra imediatamente em vigor e que Martins será empossado no início da tarde.
Vice-presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que lidera a coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI - Terra Ranka), vencedor das eleições legislativas de junho, Geraldo Martins vai agora formar o Governo que dirigirá o país até às eleições legislativas antecipadas.
Esta nova crise política decorre da decisão do Presidente Umaro Sissoco Embaló de dissolver o Parlamento na sequência da invasão por homens da Guarda Nacional da sede da Polícia Judiciária para retirar o ministro das Finanças e Plano, Suleimane Seide, e o secretário de Estado das Finanças, António Monteiro, detidos por ordens do Procurador Geral da República, depois de terem sido ouvidos numa investigação ao empréstimo de 10 milhões de dólares a 11 empresários.
O batalhão presidencial foi ao local e houve confrontos, dos quais resultaram dois mortos.
Refira-se que o presidente da Assembleia Nacional Popular, Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC, considerou a decisão de dissolução ilegal e convocou para amanhã, 13, uma sessão do Parlamento.
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