Aviões de guerra israleitas bombardearam túneis e bunkers subterrâneos do Hamas no norte da Faixa de Gaza, desde a noite de ontem, disseram autoridades militares na manhã deste sábado, 28, como parte de um ataque terrestre e aéreo ampliado contra os líderes e combatentes do Hamas, após o ataque terrorista do grupo palestiano a 7 de outubro.
As Forças de Defesa de Israel (IDF, nas siglas em inglês) informaram que caças atingiram dezenas de alvos subterrâneos e destruíram importantes infraestruturas de comunicação, o que provocou um apagão que impediu as comunicações no território de 2,3 milhões de residentes e o exterior.
“As forças ainda permanecem no campo e continua a guerra” disse o contra-almirante Daniel Hagari.
Entretanto, em posts divulgados na plataforma X, ex-Twitter, o exército indicou que “durante a noite, os caças das IDF atingiram Asem Abu Rakaba, o chefe da força aérea do Hamas”.
“Ele participou do planejamento do massacre de 7 de outubro, comandou os terroristas que se infiltraram em Israel em parapentes e foi responsável pelos ataques de drones aos postos das IDF”, lê-se num dos posts.
O porta-voz Avichay Adraee escreveu no X que as IDF estavam “a atacar a fonte do lançamento de míssieis”.
EUA pedem proteção de civis
Entretanto, hoje, o Hamas prometeu enfrentar os ataques israelitas com “força total”.
As brigadas al-Qassam, um braço armado do Hamas, disseram que seus combatentes estavam em confronto com tropas israelitas na cidade de Beit Hanoun, no nordeste de Gaza, e na área central de Al-Bureij.
Por outro lado, o contra-almirante Daniel Hagari revelou que Israel irá permitir que camiões com alimentos, água e remédios entrem em Gaza neste sábado, indicando uma possível pausa nos bombardeamentos, através da fronteira com o Egito, por onde pequenas quantidades de ajuda têm chegado.
Entretanto, o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, pediu na sexta-feira, 27, ao ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, que considere a proteção dos civis em Gaza e instou-o a permitir que a ajuda humanitária entre nno teritório.
Em comunicado, o Pentágono afirma que os dois dirigentes discutiram as operações de Israel em Gaza e que Austin "sublinhou a importância de proteger os civis durante as operações" das forças israelitas, insistindo junto de Gallant na "urgência" de fazer chegar a ajuda humanitária aos civis em Gaza.
Pedidos de ajuda humanitária
Em Nova Iorque, o Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos alertou hoje para “consequências possivelmente catastróficas” de operações terrestres em grande escala na Faixa de Gaza.
"Dada a forma como as operações militares foram conduzidas até agora, no contexto da ocupação de 56 anos, estou a dar o alarme sobre as consequências possivelmente catastróficas das operações terrestres em grande escala em Gaza e o potencial para milhares de mais civis morrer", disse Volker Turk, quem concluiu que “a violência contínua não é a resposta”.
Também neste sábado, o Presidente egípcio, Abdel Fattah el-Sissi, apelou à entrega de ajuda humanitária a Gaza e disse que o seu Governo está a tabalhar para a libertação demreféns, sem fornecer mais detalhes.
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