Links de Acesso

Economistas projetam os desafios na entrada de produtos angolanos no mercado americano


Marlene José, empresária angolana, Luanda, 21 setembro 2023
Marlene José, empresária angolana, Luanda, 21 setembro 2023

Economistas projetam desafios para as mercadorias feitas em Angola serem comercializadas no mercado americano. Para falar sobre o assunto, ouvimos a empresária Marlene José e os economistas Carlos Rosado de Carvalho e Joaquim Manuel.

A falta de capacidade da classe empresarial em África, é apontada como sendo a principal dificuldade para acederem à Lei para o Crescimento e Oportunidade de África (AGOA), criada no ano de 2000 pelo Governo norte-americano, que surge para ajudar as micro e pequenas empresas do continente.

Economistas projetam os desafios na entrada de produtos angolanos no mercado americano
please wait

No media source currently available

0:00 0:18:25 0:00

Depois de vários anos de muita indecisão, Angola conseguiu, pela primeira vez, exportar cerca de vinte e cinco toneladas de produtos alimentares, durante uma cerimónia realizada o mês passado, em resposta ao instrumento legal norte-americano que torna os países africanos elegíveis para um regime de comércio preferencial aquele país.

Avaliada em mais de 17 milhões de kwanzas, a mercadoria da empresa nacional Food Care Processamento de Alimentos deve chegar, às terras do Tio Sam, no próximo mês de Novembro, com as operações financiadas pelo Programa de Comércio e Investimento na África Austral (ATI) e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), que facilita a exportação isenta de taxas aduaneiras de produtos.

De acordo com dados que tivemos acesso, os países que mais aproveitam a lei norte americana de oportunidades, são a África do Sul, Nigéria e o Quénia, o que reflecte, segundo as nossas fontes, o caminho ainda difícil que a maioria dos africanos têm de percorrer para exportarem mercadorias e competirem no exigente mercado americano.

O processamento dos produtos feitos em Angola de acordo com as normas internacionais, tem sido o grande obstáculo para serem aceites em vários mercados. Este foi o desafio que se propôs à presidente executiva da empresa Food Care.

A empresária Marlene José disse que a exportação foi possível devido às certificações que os produtos obtiveram na sequência de um conjunto de formações gratuitas, feitas principalmente nos Estados Unidos e África do Sul.

Fórum

XS
SM
MD
LG