Economistas projetam desafios para as mercadorias feitas em Angola serem comercializadas no mercado americano. Para falar sobre o assunto, ouvimos a empresária Marlene José e os economistas Carlos Rosado de Carvalho e Joaquim Manuel.
A falta de capacidade da classe empresarial em África, é apontada como sendo a principal dificuldade para acederem à Lei para o Crescimento e Oportunidade de África (AGOA), criada no ano de 2000 pelo Governo norte-americano, que surge para ajudar as micro e pequenas empresas do continente.
Depois de vários anos de muita indecisão, Angola conseguiu, pela primeira vez, exportar cerca de vinte e cinco toneladas de produtos alimentares, durante uma cerimónia realizada o mês passado, em resposta ao instrumento legal norte-americano que torna os países africanos elegíveis para um regime de comércio preferencial aquele país.
Avaliada em mais de 17 milhões de kwanzas, a mercadoria da empresa nacional Food Care Processamento de Alimentos deve chegar, às terras do Tio Sam, no próximo mês de Novembro, com as operações financiadas pelo Programa de Comércio e Investimento na África Austral (ATI) e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), que facilita a exportação isenta de taxas aduaneiras de produtos.
De acordo com dados que tivemos acesso, os países que mais aproveitam a lei norte americana de oportunidades, são a África do Sul, Nigéria e o Quénia, o que reflecte, segundo as nossas fontes, o caminho ainda difícil que a maioria dos africanos têm de percorrer para exportarem mercadorias e competirem no exigente mercado americano.
O processamento dos produtos feitos em Angola de acordo com as normas internacionais, tem sido o grande obstáculo para serem aceites em vários mercados. Este foi o desafio que se propôs à presidente executiva da empresa Food Care.
A empresária Marlene José disse que a exportação foi possível devido às certificações que os produtos obtiveram na sequência de um conjunto de formações gratuitas, feitas principalmente nos Estados Unidos e África do Sul.
Fórum