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Cimeira do G20 pede paz na Ucrânia mas não chama Rússia de agressora


Ucrânia crítica ausência de referência à Rússia

A Administração americana saudou neste sábado, 9, a cimeira das 20 maiores economias do mundo (G20) como um sucesso e considerou que o comunicado final contém “parágrafos consequentes” sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia, apesar da notável omissão da palavra “Rússia” nesses parágrafos, o que provocou duras críticas do Governo da Ucrânia.

O Conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, descreveu o acordo – alcançado no primeiro dia da reunião em Nova Deli – como um “marco significativo para a Presidência da Índia e um voto de confiança de que o G20 pode unir-se para abordar uma série de questões prementes”.

A cimeira foi marcada pela ausência de dois líderes importantes, os Presidentes russo, Vladimir Putin, chinês, Xi Jinping, que foram representados por altos funcionários.

“A declaração do G20 inclui um conjunto de parágrafos importantes sobre a guerra na Ucrânia”, sublinhou Sullivan aos jornalistas.

“E do nosso ponto de vista, faz um excelente trabalho ao defender o princípio de que os Estados não podem usar a força para procurar aquisição territorial”, concluiu.

O comunicado de 29 páginas cobre temas como comércio, crescimento económico e desenvolvimento, alterações climáticas, reforma das instituições multilaterais, tecnologia, tributação e igualdade de género.

Nele, os líderes do G20 apelaram a uma “paz abrangente, justa e duradoura na Ucrânia”, mas não chegaram a nomear a Rússia como agressora.

O grupo também concordou que o uso de armas nucleares é “inadmissível”.

Numa publicação no Facebook, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Oleg Nikolenko, disse que a “Ucrânia está grata aos parceiros que tentaram incluir palavras fortes no texto”.

Ele também ofereceu uma versão fortemente editada do comunicado, reescrevendo a declaração.

“Havia diferentes pontos de vista e avaliações da situação” como “Sobre a guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, os membros do G20 condenaram-na inequivocamente e apelaram a Moscovo para acabar imediatamente com ela”.

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