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Terramoto deixa mais de 1000 mortos e muita destruição em Marrocos


Terramoto em Marrocos, 8 de Setembro 2023
Terramoto em Marrocos, 8 de Setembro 2023

O número de mortos do terramoto de magnitude 6,8 que abalou zonas de Marrocos no final de sexta-feira aumentou para mais de 1000, enquanto o número de feridos subiu para mais de 1000, segundo o Ministério do Interior.

Um poderoso terramoto nas montanhas do Alto Atlas, em Marrocos, deixou, até agora mais de 1000 mortes e mais de 1000 feridos, segundo a AFP, ao mesmo tempo que derrubou edifícios e fez com que pessoas fugissem das suas casas em várias cidades na noite de sexta-feira, 8.

O Centro Geofísico de Marrocos disse que o terramoto ocorreu na área de Ighil, no Alto Atlas, com uma magnitude de 7,2 na escala de Ritcher, enquanto o Serviço Geológico dos EUA estimou a magnitude do terramoto em 6,8, a uma profundidade relativamente rasa de 18,5 quilómetros.

Moradores de Marraquexe, a cidade mais próxima do epicentro, disseram que alguns edifícios desabaram na cidade antiga, Património Mundial da UNESCO.

Momento em que tremor-de-terra atinge Marraquexe
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Uma autoridade local que pediu o anonimato disse que a maioria das mortes ocorreu em áreas montanhosas de difícil acesso.

Os números de mortos e feridos continuam a aumentar.

O terramoto ocorreu a 71 quilómetros a sudoeste do ponto turístico de Marraquexe, às 23 horas e 11 minutos locais, informou o Serviço Geológico dos EUA.

O tremor sentiu-se também na Argélia e em Portugal.

“Sentimos um tremor muito violento e percebi que era um terramoto”, disse Abdelhak El Amrani, de 33 anos, de Marraquexe, à AFP por telefone.

“Pude ver prédios movendo-se. Não temos necessariamente reflexos para esse tipo de situação", continuou El Amrani, acrescentando que “a energia caiu durante 10 minutos, assim como a rede (telefónica), mas depois voltou a funcionar.

Fayssal Badour, outro residente de Marraquexe, disse à AFP que conduzia quando ocorreu o terramoto.

"Parei e percebi o desastre que era. Foi muito sério, como se um rio tivesse transbordado. A gritaria e o choro eram insuportáveis", lembra Badour.

As agências informaram que os hospitais de Marraquexe receberam um “fluxo massivo” de pessoas feridas.

Na cidade de Al-Haouz, perto do epicentro do terramoto, uma família ficou presa nos escombros depois que a sua casa desabou, informou a media local.

"A terra tremeu durante cerca de 20 segundos. As portas abriram e fecharam sozinhas enquanto eu descia correndo as escadas do segundo andar", disse Hamid Afkir, professor numa área montanhosa a oeste do epicentro, perto de Taroudant, acrescentando que houve tremores secundários.

Danos em Marraquexe

"Em Marraquexe, algumas casas na densamente povoada cidade velha desabaram e as pessoas trabalham arduamente para remover os escombros enquanto esperam por equipamento pesado", disse o morador Id Waaziz Hassan.

Imagens da muralha medieval da cidade mostram grandes rachaduras numa secção e partes que haviam caído, com escombros espalhados pela rua.

Moradores de Rabat, cerca de 350 quilómetros a norte de Ighil, e as da cidade costeira de Imsouane, a de 180 quilómetros a oeste, também fugiram das suas casas, temendo um terramoto mais forte, segundo testemunhas da Reuters.

C/ AFP e Reuters

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