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Guiné-Bissau: PR protagoniza "volte-face" ao dizer que vai coabitar com a coligaçao PAI-Terra Ranka


Úmaro Sissoco Embaló, Presidente da Guiné-Bissau, em Acra, Gana, 3 Julho 2022
Úmaro Sissoco Embaló, Presidente da Guiné-Bissau, em Acra, Gana, 3 Julho 2022

A mudança de atitude de Umaro Sissoco Embaló, que tinha manifestado sua oposição à indicação do líder da coligação, Domingos Simões Pereira, em caso de vitória do PAI-Terra Ranka, aconteceu horas depois da Comissão Nacional de Eleições ter declarado a vitória da plataforma com maioria absoluta.

O Presidente da Guiné-Bissau reconheceu a vitória da coligação PAI Terra Branca e disse que vai coabitar com o candidato a primeiro-ministro que formará o próximo Governo.

A mudança de atitude de Umaro Sissoco Embaló, que tinha manifestado sua oposição à indicação do líder da coligação, Domingos Simões Pereira, em caso de vitória do PAI-Terra Ranka, aconteceu horas depois da Comissão Nacional de Eleições (CNE) ter declarado a vitória da plataforma com maioria absoluta.

“Se as pessoas pensam que vou servir de cortina ao braço armado para lutar com o Governo não contem comigo, têm de aprender a esperar quatro anos”, afirmou o Presidente numa mensagem à nação, na qual destacou que o PAIGC esperou três anos na oposição.

Para ele, o PAI Terra Ranka , com a “sua maioria, deve mostrar ao povo da Guiné-Bissau e ao povo que o escolheu do que é capaz”.

Coabitação com ... Domingos Simões Pereira

Quanto à coabitação, ele disse que “o próximo Governo pode esperar tudo de mim, menos um Presidente que vai atiçar fogo, semear minas ou dinamites", porque, ainda segundo Embaló, "a Guiné-Bissau está em primeiro lugar e enquanto Presidente da República vou coabitar com o Governo da República da Guiné-Bissau".

Ante uma possível indicação de Domingos Simões Pereira para o cargo de primeiro-ministro, num volte-face ao que disse no início da campanha eleitoral, Sissoco Embaló disse que "na política não há inimigo permanente, e se a coligação PAI-Terra Ranka propor o seu cabeça de lista, vou nomeá-lo".

"É verdade que tenho dito repetidas vezes que não o nomearia, mas um político tem que aprender a recuar das suas decisões. Se me perguntasse, diria que queria que o MADEM G-15 ou PRS vencessem, partidos aliados, ou PTG. mas assim quis o destino”, afirmou o Presidente.

Embaló defendeu que a coligação deve governar sozinha porque "se por erro de avaliação forem buscar o Madem ou o PRS ou o PTG vão arranjar problemas no seu campo, nem vale a pena irem ao vidente, para saberem que vão ter problemas”.

O Presidente afirmou que o "povo da Guiné deve saber uma coisa, a maior estabilidade é a estabilidade daqueles que ganham, têm a maioria absoluta não precisam de fazer alianças, porque senão compram problemas no seu próprio campo”.

Quanto ao Parlamento, Umaro Sissoco Embaló pediu que seja “sólido” e com “responsabilidade”, garantindo aos guineenses que esta vai ser uma “nova experiência”.

Na mensagem à Nação, o Presidente guineense agradeceu às missões de observação internacional que estiveram presentes no país pelo seu “interesse” e “dedicação”, contribuindo para “reforçar a credibilidade do processo eleitoral e da própria democracia guineense”.

De acordo com os dados revelados pela CNE, além da coligação PAI Terra Ranka conquistou 54 deputados, o MADEM G-15, obteve 29 lugares, PRS, 12, PTG, 6, e APU-PDGB, um.

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