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Guiné-Bissau: Greve na saúde sem impacto junto dos pacientes


Hospital Simão Mendes, Bissau, Guiné-Bissau
Hospital Simão Mendes, Bissau, Guiné-Bissau

As organizações sindicais de saúde e educação iniciaram, nesta 2ª feira, 15, uma greve de cinco dias úteis, mas nos principais hospitais do país constata-se pouco impacto.

Com efeito, nas primeiras horas de hoje, as unidades do Hospital Nacional “Simão Mendes”, o maior do país, não sentiram os efeitos da greve.

“Vieram de manhã [os médicos]. As coisas estão normais. Mais tarde não sei”, disse um utente.

Outro utente, Sulai Mané, disse que “estão nos atender. Não vi nada de anormal. Deixaram-me entrar para trazer medicamentos para o meu paciente”.

Guiné-Bissau: Greve na saúde sem impacto junto dos pacientes
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Em Bafatá, considerada a segunda capital da Guiné-Bissau, reporta-se a mesma realidade. As consultas estão a decorrer normalmente, o que, para o representante sindical local, Nuno Francisco Augusto Pereira, tem uma explicação política.

“É questão política, porque muitos dos chefes e responsáveis têm medo dos responsáveis em Bissau. Não querem comprometer os seus lugares, por isso fizeram lobby para que os nossos colegas entrassem no serviço”, disse Pereira.

Contudo, Ioio João Correia, Porta-voz da Frente Social, que junta quatro sindicatos da saúde e da educação, afirma que a greve está a ter um impacto positivo.

Para ele, “o balanço é positivo, porque, até esse momento, todos os trabalhadores têm a consciência que a Frente Social tem privilegiado os meios pacíficos na resolução dos conflitos laborais. E sabem que os pontos que estamos a reivindicar são pontos justos e que merecem atenção”.

Entre os pontos em reivindicação constam a reintegração dos técnicos da saúde, o pagamento dos salários, revisão da carga horária, aplicação na íntegra do diploma da carreira docente e a efectivação dos funcionários nos sectores da saúde e educação.

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O sindicalista Correia acusa o Governo de silêncio face à essas exigências, uma vez que “desde a semana passada não houve nenhum encontro negocial; houve simplesmente um encontro de audição através de alguns directores de Serviço do Ministério da Função Pública”.

Diante destas afirmações, contactamos o ministério da Saúde Pública, e a resposta foi: “A entrevista pode ser feita, talvez amanhã”.

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