Os trabalhadores de Cabo Verde saíram às ruas, nos diferentes pontos do país, para exigir o aumento salarial de modo a ser reposto o poder de compra.
Num país onde o salário mínimo ronda o equivalente a 130 USD e a pensão social de sobrevivência de 55 dólares, alguns cidadãos ouvidos pela VOA já não conseguem comprar arroz, frango e óleo para aguentar o mês.
A situação está mesmo complicada diz a vendedora ambulante de frutas, Isabel Lopes. ”Agora só posso, de quando em vez, comprar um quilo de arroz e umas pernas de galinha; já não consigo comprar por saco e caixa para os trinta dias do mês, porque está tudo caro.”
“Estamos mal no mundo; há pessoas que sofrem com a fome,” acrescenta Lopes.
Ana Paula, outra cidadã paraense, afirma que muitas famílias, sobretudo monoparentais, como a sua, não conseguem comprar pão diariamente, devido ao custo que tem aumentado nos últimos anos.
“Vamos desenrascado, ora dá para comprar um quilo de arroz e não dá para comprar perna (frango), quando compramos óleo não conseguimos outras coisas,” diz Paula.
Por sua vez, Isidro Furtado, que trabalha numa gelataria –restaurante, queixa-se da falta de salário e enormes dificuldades para sustentar a família.
Furtado diz que “está muito complicado principalmente para pessoas como eu que trabalham no ramo privado… no meu serviço estamos há meses sem receber e agravado com a falta da cobertura da previdência”
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