Habitantes do Príncipe manifestam satisfação com a solução de ligação marítima inter-ilhas, mas avisam que” é preciso aprender com os erros”, em particular nas questões de segurança na navegação marítima.
Quatro anos após o naufrágio do navio Anfitrit foi retomada a ligação marítima regular ente as ilhas de São Tomé e do Príncipe.
O novo navio realizou, nesta quarta-feira, 8, a sua primeira viagem entre o porto de Ana Chaves, em São Tomé e o porto de Santo António, no Príncipe. Olivia C, o barco adquirido na Grécia pelo empresário São-tomense, João Cardoso tem capacidade para 300 passageiros, mas na primeira viagem transportou apenas combustível.
A viagem inaugural foi acompanhada pelo Presidente do Governo Regional da Ilha do Príncipe, Filipe Nascimento, que recordou que “no próximo mês de Abril fará quatro anos que tivemos um fatídico acidente com o navio Anfitrit e desde de então que andávamos a procura de uma solução sustentável de ligação entre as duas Ilhas”.
Uma viagem de ida e volta na nova embarcação deverá custar 130 dólares, cerca de 3.000 dobras contra os actuais 270 dólares, cerca de 6.500 dobras do valor do bilhete de avião.
“Pedimos para que haja uma comparticipação do governo, sobretudo para quem vive no Príncipe, porque nós aqui temos muitas dificuldades” implorou um habitante local que pediu anonimato.
Nas duas ultimas décadas, mais de meia dúzia de navios naufragaram em ligações entre as ilhas devido ao excesso de carga.
“Com erro, se aprende. O que aconteceu com o navio Anfitrit deve servir de lição”, alertou outro habitante da ilha do Príncipe, que também pediu anonimato.
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