Angola é o país produtor de petróleo mais prejudicado com a venda à China de petróleo russo a preços abaixo do mercado, revelam dados publicados pelo portal World Oil.
A publicação, citando dados da companhia de dados e análise Kpler, revela que só neste mês de Fevereiro as exportações do petróleo angolano para a China caíram 27%, quando comparadas com Fevereiro do ano passado.
Já em Setembro do ano passado, sete meses depois da invasão russa, tinha-se registado uma queda de exportações para a China de 300.000 barris por dia.
Devido às sanções internacionais impostas à Rússia, a China e Índia têm estado a comprar grandes quantidades de petróleo àquele país a preços muito abaixo do mercado petrolífero, com descontos nos preços por barril.
Isto leva a que Angola e outros países, como Venezuela e Nigéria, sejam obrigados agora a vender petróleo no chamado spot market (mercado à vista), onde os comerciantes de petróleo podem rapidamente mudar as suas compras dos diferentes tipos de petróleo colocando os exportadores mais vulneráveis a rápidas mudanças nas exportações e preços.
Por outro lado, a World Oil diz que Angola e outros países “deverão encontrar novos compradores na Europa” que querem desligar-se dos combustíveis russos.
Em Setembro do ano passado, as exportações de petróleo de Angola para a Europa tinham atingido o seu nivel mais alto dos últimos seis anos.
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