A embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas alertou que os terroristas continuam a ser uma ameaça na província moçambicana de Cabo Delgado, apesar da melhoria da situação, com a expulsão dos insurgentes das principais áreas urbanas.
No encontro diário com a imprensa no Departamento de Estado na quarta-feira, 1, Linda Thomas-Greenfield disse ter abordado, na sua recente visita a Moçambique, durante “muito tempo” a situação em Cabo Delgado”, em discussões com o Governo, a ONU e embaixada americana.
“De facto, a situação melhorou. Ao trabalharem com os ruandeses e outras forças regionais, eles conseguiram expulsar os terroristas das principais áreas urbanas ou pelo menos das cidades”, afirmou a diplomata, alertando, no entanto, que eles "ainda são uma ameaça e continuam a aterrorizar as pessoas”.
Instada a comentar a situação, ela abordou também a situação humanitária, dizendo que “conseguimos obter assistência humanitária, as ONG estão a trabalhar lá, a USAID tem um programa extenso e o sector privado está a voltar aos poucos”.
Thomas-Greenfield destacou ainda o encontro que manteve com a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verônica Macamo, no qual foi abordado o “histórico primeiro mandato” de Moçambique no Conselho de Segurança da ONU.
“Discutimos como podemos usar o Conselho, bem como nosso relacionamento bilateral, para promover prioridades compartilhadas, como os direitos e a liderança de mulheres e meninas e as ameaças à segurança regional”, afirmou a embaixadora, acrescentando que também abordaram o combate às mudanças climáticas.
“Eu também me ofereci como voluntária ao lado de activistas e grupos da sociedade civil para ajudar a restaurar a última floresta costeira de mangais remanescente na área urbana de Maputo (…) que é uma importante defesa natural contra os efeitos da mudança climática que devemos proteger”, disse.
Durante a sua estada na capital moçambicana, Maputo, Linda Thomas-Greenfield, além das autoridades governamentais, encontrou-se com funcionários da ONU membros da sociedade civil, empresários, estudantes, activistas e antigos participantes do programa de intercâmbio Iniciativa para Líderes Jovens Africanos (Yali).
Além de Moçambique, a embaixadora americana junto das Nações Unidas visitou o Gana e Quénia.
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