A Renamo, principal partido da oposição em Moçambique, pediu nesta segunda-feira, 23, a demssão do Governo por considerar que violou a Constituição com a implementação da Tabela Salarial Única (TSU) e faltou o respeito aos funcionários públicos.
"A implementação da TSU mostra-se desastrosa, com avanços e recuos, já lá vão mais de sete meses em que os funcionários e agentes do Estado ainda não conhecem ao certo o quantitativo real dos seus salários", disse Saimone Macuiana, presidente do Conselho Jurisdicional do partido, numa conferência de imprensa em Maputo, na qual classificou o processo de "inaceitável e vergonhoso", sem um estudo profundo sobre o impacto orçamentaçal da medida.
Para a Renamo, a TSU deveria valorizar todas as classes profissionais da Função Pública, mas, segundo Macuiana “alguns profissionais continuam a reivindicar justiça salarial”.
Ele disse ser “urgente que o Governo regularize essa situação, de modo a que a harmonia e alegria instalem-se no seio dos profissionais e agentes do Estado e, consequentemente, a satisfação das suas famílias”.
Na semana passada, o Governo aprovou os quantitativos definitivos da TSU após reclamações de vários sectores da função pública como os médicos, com várias correntes a defender que os avanços e recuos estão relacionados com a falta de dinheiro para sustentar a implementação da TSU.
Amilcar Tivane, vice-ministro da Economia e Finanças, garantiu que a implementação da TSU vai respeitar os limites impostos pela lei orçamental.
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