O Governo da Guiné-Bissau retirou da lista de feriados nacionais três dias com uma forte carga política: 23 de Janeiro, dia que marca o início da luta armada, 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, e 3 de Agosto, que assinala a revolta e a repressão dos trabalhadores pelo exército colonial em Pindiguiti.
A decisão é anunciada dois antes da celebração dos 50 anos do assassinato do líder da luta pela independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde, Amílcar Cabral, nesta sexta-feira, 20.
No primeiro decreto do ano, publicado na quarta-feira, 18, o Executivo diz que a "crise financeira e aliementar que tem sacudido o mundo impõe uma nova dinâmica abre novas perspectivas que assentam na cultura de produção e da produtividade, o que certamente “seria contraproducente com tantos feriados nacionais para um país em vias de desenvolvimento, como o nosso”.
Ainda, o Governo afirma que a nova realidade "obriga a Guiné-Bissau, enquanto membro de várias organizações internacionais, regionais e sub-regionais, à observância das obrigações daí decorrentes".
Nem o decreto, nem qualquer nota do Executivo adaintaram os motivos que levaram à escolha desses três feriados.
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