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Maputo: MDM pede exoneração do Primeiro-Ministro


Adriano Maleiane
Adriano Maleiane

O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), a terceira maior força política do país, pede a exoneração do Primeiro-Ministro, Adriano Maleiane, por causa de alegadas responsabilidades nas “trapalhadas” da Tabela Salarial Única, que define o modelo de remuneração da Função Pública.

A reacção do partido surge na sequência de mais uma inconsistência descoberta na tabela, que continua no centro da discórdia entre o executivo e algumas classes profissionais.

Maputo: MDM pede exoneração do Primeiro-Ministro
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“O MDM pede, ao Presidente da República, a exoneração do actual Primeiro Ministro, Adriano Maleiane, por ser o pai da Tabela Salarial Única," disse Ismael Nhacúcue, porta-voz do partido.

Sem muitos detalhes públicos, a comissão criada para a resolução das incongruências na tabela, entregou ontem (10) ao Conselho de Ministros, uma proposta de mexidas a serem feitas, que terão como uma das consequências, a redução de salários, incluindo o do Chefe de Estado.

“Esta redução inicia desde o salário de referência, que é o salário do Presidente da República. O salário do Chefe de Estado vai conhecer uma redução em baixa e, por consequência, todas as outras figuras e órgãos, terão a mesma sorte,” explicou o vice-ministro da Administração Estatal e Função Pública, Inocêncio Impinça, no final da primeira sessão anual do Conselho de Ministros.

Houve incompetência do governo

O economista Gifte Sinalo considera que as voltas que a tabela revelam alguma incompetência por parte do executivo.

“Em certa medida, o governo está aqui a demonstrar que não teve competência para estruturar esta tabela, da maneira como era desejável” disse.

Segundo o economista, um dos principais aspectos que sobressai da recente decisão, tem a ver com eventual peso financeiro da tabela para as contas do Estado, que podem estar a ultrapassar os limites orçamentais.

Quem está satisfeito com o novo curso é o Sindicato da Função Pública, que considera que a redução dos salários dos escalões mais elevados, nomeadamente, Presidente da República, Ministros e dirigentes dos órgãos de soberania é bem vida, porque estes “tinham excessos de gorduras”.

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