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Putin suspende ataque durante Natal ortodoxo e Zelenskyy fala em "hipocrisia"


Vladimir Putin, Presidente russo (Foto de Arquivo)
Vladimir Putin, Presidente russo (Foto de Arquivo)

Presidente americano diz que líder russo está a tentar "ganhar fôlego"

O Presidente russo ordenou nesta quinta-feira, 5, um cessar-fogo de 36 horas na guerra contra a Ucrânia durante o feriado de Natal ortodoxo.

O decreto determina que as tropas russas parem os ataques por um dia e meio no país vizinho a partir do meio-dia desta sexta-feira, 6.

Cristãos ortodoxos, incluindo os que vivem na Rússia e na Ucrânia, celebram o Natal nos dias 6 e 7 de Janeiro.

O patriarca Kirill de Moscovo, chefe da Igreja Ortodoxa Russa e apoiante da invasão da Ucrânia por Putin, pediu hoje que ambos os lados da guerra na Ucrânia observem uma trégua de Natal.

Mas o Governo de Kyiv considerou isso uma armadilha cínica.

No decreto, Vladimir Putin disse que "a partir do facto de que um grande número de cidadãos que professam a ortodoxia vivem nas áreas de hostilidades, pedimos ao lado ucraniano que declare um cessar-fogo e permita que eles participem dos cultos na véspera de Natal, bem como no dia de Natal."

A Ucrânia referiu-se à ordem de Putin como "hipocrisia".

Mykhailo Podolyak, assessor sénior do Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, caracterizou a Igreja Ortodoxa Russa como um "propagandista de guerra" que incitou o "assassinato em massa" de ucranianos e a militarização da Rússia.

"A declaração da Igreja Ortodoxa Russa sobre a 'Trégua de Natal' é uma armadilha cínica e um elemento de propaganda", concluiu.

Em reacção, o Presidente americano disse que Putin "esteve pronto para bombardear hospitais, creches e igrejas (...) a 25 de Dezembro e no Ano Novo (...)".

Joe Biden considerou que ele "está a tentar ganhar fôlego".

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