Assédio, violência e abuso sexual nas escolas foi um dos tópicos em discussão num encontro de mulheres na Huíla para para reflectir sobre questões da actualidade com impacto no presente e futuro num espaço também de partilha de experiências de vida.
Inserido no XI encontro anual das mulheres da ADRA, realizado esta semana, o espaço discutiu temas como os comportamentos desviantes no seio da mulher jovem (prostituição e consumo excessivo de droga), e também o assédio, abuso e exploração sexual no contexto escolar.
Embora não sejam conhecidos números, a professora Manuela Alfredo, disse vêr com preocupação da tendência do aumento dos casos de assédio, violência e abuso sexual em contexto escolar.
“ É necessário que a escola faça algum trabalho para que seja banido do seu seio esta situação que pode perigar não só o processo de ensino e aprendizagem como a própria sociedade em si, porque é dentro das escolas que se encontram as pessoas que vão constituir o futuro do amanhã”, disse
Anastácia Tchilete, assistente de projectos da ADRA na região sul, organização promotora do encontro, diz que alguns dos temas escolhidos apesar de actuais são pouco discutidos na sociedade.
A também activista defende que é preciso dar seguimento aos casos que ficam apenas pela denúncia.
“ Damos conta de que os casos existem, são denunciados mas às vezes os encaminhamentos que as instituições dão, a sociedade não os conhece e isso às vezes desincentiva outras vítimas que passam por estas situações”, disse
A Voz da América tentou ouvir no local a representante do gabinete da acção social e igualdade do género que rejeitou fazer qualquer pronunciamento.
A advogada Marina Mateus, em representação do conselho provincial da Ordem dos Advogados de Angola na Huíla, destacou os temas abordados sem tabus de mulher para mulher neste encontro
“São mulheres a tratar de temas que importam as mulheres a apresentar uma perspectiva de mulheres em relação aos assuntos é uma escolha bastante acertada”, acescentou
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