Os oficiais da justiça de Angola entraram nesta terça-feira, 15, no quinto dia de greve em mais um protesto contra o que dizem ser as condições precárias das instalações de justiça, falta de transporte e de seguro de saúde e a favor da revisão do estatuto remuneratório.
O Sindicato dos Oficiais de Justiça de Angola (SOJA) fala numa adesão de cerca de 80% e denuncia ameaças contra trabalhadores.
O Conselho Superior da Magistratura mantêm-se em silêncio.
As ameaças contra os grevistas consistem em notas emitidas pelo Conselho Superior da Magistratura, entidade empregadora, que intimidam os funcionários com menos tempo de serviço nas conservatórias e tribunais.
“Os colegas adiriram à greve e temos uma adesão de 70 a 80% mas há ameaças do conselho que fez sair um documento que diz que os novos trabalhadores não podem adirir à greve e não sabemos o por quê deste documento”, disse à VOA o secretário-geral do SOJA, Joaquim de Brito Teixeira, que lamenta não existir qualquer evolução no diálogo com a entidade empregadora.
O sindicalista garante que os oficiais não vão voltar ao trabalho antes do dia 17, “caso não houver da parte da entidade empregadora qualquer interesse em negociar”.
A VOA sabe que vários julgamentos marcados inicialmente para esta semana foram cancelados por conta da greve e estão também suspensos julgamentos sumários em todo país.
A VOA contactou os responsáveis do Conselho Superior da Magistratura mas não obteve qualquer resposta.
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