Antes de ser conhecido pelo trabalho que faz com arte em cimento em Moçambique, Jaime Tembissa era professor de francês.
A intolerância no pensar diferente e a pandemia do coronavírus impulsionaram o artesão a buscar uma nova forma de ganhar a vida.
Corajoso, autodidata e inovador, actualmente é um empreendedor e tem dois colaboradores.
Em entrevista ao Fala África VOA, ele aborda a mudança de carreira, onde busca inspiração para a sua arte, como encontra seus clientes e muito mais.
Tembissa conta que fez várias experiências, mas revela ter acertado na sua primeira tentativa.
“Me sinto bem fazendo o trabalho que eu faço", afirma.
O artesão não enfrentou muitos desafios para abrir a sua empresa.
“A minha sorte é que o trabalho que eu faço não requer muito investimento. Eu investi na qualidade e trabalho com materiais reciclados”, explica.
A inspiração vem de obras e técnicas usadas em Vietname, Tailândia e Indonésia.
Das obras que já criou, destacam-se vasos decorativos de alto padrão, chafarizes, mesas e bancos para jardins e molduras decorativas para janelas.
“Eu mesmo me assusto quando vejo a reação das pessoas ao meu trabalho. Mas eu me sinto feliz por isso porque atingi o nível que eu sonhava. Não foi fácil, mas eu atingi”, esplica o artesão que ainda não faz estátuas, mas está se aperfeiçoando para poder oferecer essa opção aos clientes.
Tembissa usa as redes sociais para mostrar o seu trabalho e encontrar novos clientes e também vai a lugares turísticos e aos grandes hotéis.
Neste momento, desenvolve as técnicas de pintura e vitrificação e diz estar confiante no sucesso dos vasos porque já recebeu encomendas para o próximo mês.
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