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Jornalistas moçambicanos exigem a libertação de Arlindo Chisale


Moçambique, mapa mostrando Cabo Delgado
Moçambique, mapa mostrando Cabo Delgado

Jornalistas e políticos moçambicanos manifestam-se profundamente preocupados com a detenção de Arlindo Severino Chissale, sábado passado, no distrito de Balama, em Cabo Delgado, considerando que isso constitui um atentado à liberdade de imprensa.

O portal Carta de Moçambique, noticia que o jornalista Chissale se encontra detido nas celas da polícia em Balama, sem direito a advogado, alegadamente por estar naquele distrito para espionagem. Ele trabalha como freelancer e é também um dos gestores da mídia social de um grupo denominado Pinnancle News.

Para o editor do Mediafax, Fernando Mbanze, a detenção de Chissale é ilegal e condenável, "porque as autoridades do distrito de Balama confirmam que ele está detido, mas não dizem o que é que efectivamente aconteceu".

Por seu turno, o editor do jornal Diário de Moçambique, Alexandre Chiúre, diz-se assustado, porque esta detenção ocorreu numa província onde um outro jornalista está desaparecido há cerca de um ano.

Chiúre realçou que "isso é um atentado à liberdade de imprensa", apelando a que as autoridades policiais expliquem as motivações da detenção, "e enquanto isso não acontecer, não deixar de ficar preocupados porque a detenção de um jornalista visa silenciá-lo e intimidá-lo".

Entretanto, o porta-voz do Partido Nova Democracia, Dércio Rodrigues, diz que condena esta detenção, porque coloca em causa a liberdade de imprensa.

O Instituto de Comunicação da África Austral MISA Moçambique, também condena a detenção de Arlindo Chissale e apela à restituição imediata do jornalista à liberdade, e defende que a captação de imagens de instituições públicas por jornalistas é um procedimento típico da profissão.

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